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Estado de Minas AERONÁUTICA

Granizo destrói bico e para-brisa de avião nos Estados Unidos

O jato da Delta Airlines teve de fazer um pouso de emergência em Denver, no estado do Colorado, após passar por momentos 'aterrorizantes'


postado em 10/08/2015 17:11 / atualizado em 16/08/2016 17:00

O avião da empresa americana Delta Airlines sofreu danos severos causados por uma tempestade com granizo e precisou fazer um pouso de emergência em Denver, no Colorado (EUA)(foto: Denver Channel/Reprodução)
O avião da empresa americana Delta Airlines sofreu danos severos causados por uma tempestade com granizo e precisou fazer um pouso de emergência em Denver, no Colorado (EUA) (foto: Denver Channel/Reprodução)
"Eu voo constantemente, mas estes foram os 10 minutos mais assustadores da minha vida", diz Robin Jones, passageiro do voo 1889 da Delta Airlines, que sofreu sérios danos devido a uma forte tempestade com granizo, em entrevista ao canal de notícias Fox 13, dos Estados Unidos. O avião, que fazia o trajeto entre as cidades americanas de Boston e Salt Lake City, ficou com o para-brisa e o bico destruidos pelas pedras de gelo.

Quando a aeronave passava pela fronteira entre os estados de Nebraska e Colorado, encontrou uma condição climática extrema. De acordo com a porta-voz do aeroporto internacional de Denver, onde os pilotos tiveram de fazer o pouso de emergência, o avião experimentou uma "turbulência severa", e um passageiro teve de ser levado para o hospital. Ao todo, 125 passageiros e cinco tripulantes estavam no voo.

"Em alguns momentos caímos como se o ar tivesse 'saído' debaixo da gente. Pudemos ver relâmpagos se espalhando pelas asas e granizo batendo na fuselagem do avião", conta o passageiro Beau Sorensen ao jornal Denver Post. "Bebês choravam e alguns adolescentes atrás de mim gritavam", completa. A situação foi tão dramática que, segundo informações dos passageiros, a aeronave chegou a descer 3 km em menos de um minuto.

Os danos no para-brisa foram severos e chegaram a atrapalhar a visão dos pilotos durante o pouso de emergência. Na conversa de rádio divulgada pelo canal local Denver Channel, o comandante do voo chega a reportar a necessidade de se fazer a aterrissagem automática, com ajuda de aparelhos. "Nós temos um problema de visibilidade aqui. Estejam cientes de que todos os nossos para-brisas estão danificados", informa o piloto à torre de comando. Por sorte, o pouso ocorreu sem problemas e apenas uma pessoa foi encaminhada ao hospital, devido à forte turbulência.

As nuvens verticais gigantes, que alcançam grandes altitudes, as cumulonimbus, são responsáveis pelas fortes tempestades que atingem os aviões, podendo gerar até as pedras de gelo, ou granizo(foto: Code7700.com/Reprodução)
As nuvens verticais gigantes, que alcançam grandes altitudes, as cumulonimbus, são responsáveis pelas fortes tempestades que atingem os aviões, podendo gerar até as pedras de gelo, ou granizo (foto: Code7700.com/Reprodução)


Granizo é perigoso?

Segundo a Infraero, mesmo que a chuva seja intensa, é possível voar porque a aeronave foi concebida para operar também nessas condições. "Eventualmente, pode ocorrer algum desconforto por causa das turbulências", diz a empresa estatal que administra a maioria dos aeroportos no Brasil.

Como mostra a instituição, quando o avião se encontra em voo, os fenômenos climáticos mais preocupantes são: turbulência, turbulência de céu claro, formação de gelo (granizo), presença de nuvens verticais com topos a grandes altitudes (cumulonimbus) e, ocasionalmente, cinzas vulcânicas.

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