Publicidade

Estado de Minas SAÚDE

Ressonância magnética pode ajudar a identificar causa da dor de cabeça

Segundo especialista, esse exame pode detectar, por exemplo, um aneurisma cerebral


postado em 11/04/2016 08:21

Como mostra a especialista, o exame de ressonância magnética é o mais indicado para se descobrir a real causa de uma cefaleia(foto: ThinkStock Photos)
Como mostra a especialista, o exame de ressonância magnética é o mais indicado para se descobrir a real causa de uma cefaleia (foto: ThinkStock Photos)
A cefaleia é um dos tipos de dor que mais afetam a população e um dos principais alvos do automedicamento – sendo seguida de perto pela dor nas costas. Somente o subtipo enxaqueca, por exemplo, atinge 15 milhões de brasileiros e 400 milhões de pessoas no mundo todo. Apesar de os pacientes se acostumarem a episódios de dor, é importante ficar atento se surgirem novos sintomas: náuseas, tonturas e formigamento nos membros superiores; mudança no padrão ou intensidade da dor; ou, ainda, aumento na frequência das crises. Nessas condições, para uma investigação mais completa, o exame de ressonância magnética pode ajudar identificar as causas orgânicas da dor, como lesões vasculares, tumores benignos e malignos, além de infecções.

De acordo com Flávia Cevasco, neurorradiologista do CDB Medicina Diagnóstica, de São Paulo, a ressonância é um exame complementar que fornece informações adicionais ao clínico e ao neurologista, sendo indicada, por exemplo, nos casos em que não há resposta satisfatória ao tratamento convencional da cefaleia ou se há alguma mudança recente no padrão da dor. Uma das principais causas a serem pesquisadas são aneurismas, caracterizados principalmente nos exames de angiorressonância magnética. "Os aneurismas acometem uma parcela importante da população, havendo um componente familiar associado, e podem ser causa importante de morbimortalidade", diz a médica.

Na opinião da especialista, o diagnóstico de aneurisma por ressonância magnética deve ser confirmado por arteriografia digital, que já possibilita o tratamento endovascular. Já o exame do encéfalo, na maioria das vezes, detecta malformações vasculares e tumores benignos e malignos, que podem ser diferenciados através de sequências que estudam perfusão, ou seja, o volume e a velocidade do sangue dentro dos tumores; e difusão, que se baseia na composição das células do tumor. "Essas informações, somadas às sequências tradicionais da ressonância, podem ser utilizadas ainda na programação do tratamento e na localização cirúrgica estereotáxica [através de cálculos e localização no centro cirúrgico, por computador]", completa a especialista.

Flávia Cevasco ressalta que a maioria das causas de dor de cabeça são benignas e tratadas clinicamente sem necessidade de exames complementares. Mas, em casos específicos, há várias possibilidades diagnósticas que ajudam a definir a causa e o tratamento.

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade