Quando se trata de limpeza doméstica, alguns cuidados devem ser tomados, especialmente em relação à cozinha. Na higienização da pia, por exemplo, poucos se preocupam em limpar adequadamente a esponja.
Segundo estudo divulgado pela faculdade DeVry Metrocamp, em Campinas (SP), em 15 dias de uso, a esponja de lavar louça acumula cerca de 680 milhões de fungos e bactérias, que podem causar de diarreia e febre a problemas pulmonares.
Portanto, na hora de limpar a cozinha, é preciso saber lidar de forma correta com esse acessório. Para tanto, confira, abaixo, algumas dicas do biomédico e microbiologista Roberto Figueiredo, mais conhecido como Dr. Bactéria.
Esponja seca sempre
Após lavar a louça, deve-se enxaguar bem a esponja em água corrente até parar de sair espuma. Em seguida, deve-se torcê-la bem e guardar em local seco, de uma forma que permita escorrer o resto de água. "Nunca deixe a esponja sobre o sabão, em recipientes que não permitem o escoamento da água, nem embaixo da pia. Uma dica é deixar a esponja secar completamente sobre o escorredor de louças", afirma o especialista.
Sabão nunca!
Use somente detergente na esponja e nunca sabão, seja líquido ou em pedra. "Este tipo de produto não apresenta características bactericidas e pode levar germes para a esponja e, consequentemente, para as louças", comenta o Dr. Bactéria.
Desinfecção diária
Para desinfetar as esponjas tradicionais, que deve ser feito uma vez ao dia, o biomédico recomenda três métodos acessíveis. O primeiro é lavar a esponja, embrulhar em um papel toalha, colocar em um pires e levar ao micro-ondas por até dois minutos. Outra opção é lavar a esponja e deixá-la submersa em um recipiente com água fervendo por três minutos. O terceiro é imergir a esponja em uma solução de 2 colheres de sopa de água sanitária mais 1 l de água, por 10 minutos.
Uma semana
Independente da marca ou do tipo, a vida útil da esponja doméstica é de apenas uma semana. Portanto, após este período, ela deve ser descartada. "Nunca reutilize a esponja, por exemplo, separando-a para a limpeza de um outro ambiente, como a área de serviço ou banheiro", alerta Roberto Figueiredo.
Outro estudo, feito pela Fundação de Pesquisa para Saúde e Segurança Social em parceria com a Universidade de Barcelona, aponta que a pia da cozinha possui 100 mil vezes mais germes do que no banheiro e que eles se concentram principalmente nas esponjas e nos panos. "Isso acontece, pois são utensílios que estão em contato com a água o tempo todo, e os locais com umidade são os preferidos das bactérias", explica o microbiologista.
Ele comenta também que a umidade é só um dos fatores que estimula a proliferação de germes e bactérias, sendo que os resíduos dos alimentos é que "alimentam" esta proliferação. Louças mal lavadas, tábuas e colheres de madeira, cantos de pia são exemplos clássicos de locais que acumulam restos de alimentos e geram contaminação cruzada. E a esponja é o utensílio que mais causa este tipo de contaminação. "A pessoa lava a tábua de madeira contaminada com a mesma esponja que lava seus pratos e copos, por exemplo, espalhando bactéria por toda a louça. Esse tipo de contaminação pode causar diarreia e febre", esclarece o Dr. Bactéria.
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BEM-ESTAR
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Especialista dá dicas para lidar com o utensílio sem causar danos à saúde
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