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Estado de Minas ASTRONOMIA

Chance de encontrar vida fora da Terra é ainda mais rara, diz estudo

Pesquisadores mostram que probabilidade de um planeta gelado ter a temperatura adequada, como a da Terra, é muito difícil


postado em 01/08/2017 16:32 / atualizado em 02/08/2017 10:17

De acordo com o estudo feito na China, as chances de um planeta gelado esquentar e se tornar habitável como a Terra são extremamente raras(foto: Pixabay)
De acordo com o estudo feito na China, as chances de um planeta gelado esquentar e se tornar habitável como a Terra são extremamente raras (foto: Pixabay)
Para quem ainda tem esperança na descoberta de vida fora da Terra, uma notícia divulgada na segunda, dia 31 de julho, acabou sendo um "balde de água fria". Segundo informações da agência francesa de notícias France-Presse, a capacidade do nosso planeta de abrigar água em estado líquido, o que favorece o surgimento de vida, é incomum no universo.

Até então, a ideia era de que corpos celestes orbitando estrelas parecidas com nosso Sol, na distância certa, teriam chance de conter algum ser vivo. Porém, de acordo com a France-Presse, ume studo publicado na revista científica Nature Geoscience mostra que isso é mais improvável do que se imagina.

O pesquisador Jun Yang, da Universidade de Pequim, na China, juntamente com sua equipe de cientistas, analisaram modelos climáticos para simular a evolução natural de planetas gelados como a Terra há bilhões de anos. O problema é que sem os gases responsáveis pelo efeito estufa (monóxido e dióxido de carbono) na atmosfera, como se viu em nosso passado, a energia que seria preciso para descongelar todo o planeta seria tão alta que, ao invés de chegar à fase habitável, ele acabaria extremamente quente.

"Descobrimos que os fluxos estelares necessários para superar o estado inicial de 'bola de neve' de um planeta são tão grandes que levam a uma perda significativa de água e impedem que o planeta seja habitável", diz o artigo que acompanha o estudo.

De acordo com os pesquisadores chineses, muitos corpos gelados espalhados no universo podem, portanto, nunca passar para o estado habitável, como o da Terra.

Exemplos de astros que se encontram nessa situação são as luas Europa, de Júpiter, e Encélado, de Saturno. Elas deverão passar de bolas de gelo para planetas fumegantes quando o Sol atingir sua fase de estrela gigante vermelha, daqui a bilhões de anos, informa a equipe de Jun Yang.

Os cientistas lembram que a Terra é um exemplo de mundo congelado que passou por um degelo adequado, há cerca de 600 a 800 milhões de anos. Isto graças aos gases do efeito estufa emitidos por erupções vulcânicas enquanto ainda éramos uma "bola de neve".

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