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Estado de Minas BEM-ESTAR

Confira alguns mitos e verdade sobre o óleo de coco

O novo 'queridinho' de quem faz dieta traz benefícios ao corpo, mas seu consumo deve ser orientado


postado em 27/10/2016 14:55

Como mostra a nutróloga, o óleo de coco é rico em nutrientes e um importante auxiliar na redução de peso, mas, desde que seja consumido de forma correta, pois é muito calórico(foto: Pixabay)
Como mostra a nutróloga, o óleo de coco é rico em nutrientes e um importante auxiliar na redução de peso, mas, desde que seja consumido de forma correta, pois é muito calórico (foto: Pixabay)
Quando se fala em dieta, sempre surge um alimento que promete milagres. A bola da vez é o óleo de coco. Ele pode substituir o azeite nas saladas ou os tradicionais óleos de soja ou canola no preparo de pratos quentes. Derivado da polpa do coco, este óleo é fonte natural de gordura saturada, rico em triglicerídeos e com alta concentração de ácido láurico (ação antioxidante e anti-inflamatória).

Apesar de possuir componentes benéficos, em seu estado virgem, ele concentra mais de 90% de gordura saturada e 110 calorias por colher de sopa, o que o torna mais calórico do que a manteiga, por exemplo. A Associação Americana do Coração (American Heart Association), por exemplo, recomenda que o consumo de gorduras saturadas deva corresponder a 10% das calorias totais ingeridas no dia. Ou seja, se consumido em pequenas quantidades e com moderação, o óleo de coco pode até trazer alguns benefícios, desde que associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis.

Segundo Daniela Gomes, nutróloga do Hospital do Coração (HCor) de São Paulo, sem mudanças no comportamento, nenhuma suplementação na dieta surtirá efeito. "Sozinho, nenhum alimento é capaz de promover milagres. Especificamente sobre o óleo de coco, é importante ressaltar que deve ser consumido de forma moderada. Se houver exageros, seus efeitos adversos, como qualquer outra gordura, podem desencadear a formação de placas de gordura nas artérias e levar a doenças cardiovasculares importantes", alerta a especialista.

Confira alguns mitos e verdades sobre o óleo de coco, de acordo com a nutróloga do HCor:

  • Efeito emagrecedor: para que o óleo de coco possa ajudar a perder alguns "quilinhos extras", deve ser associado a uma rotina de atividades físicas e alimentação balanceada, rica em fibras, frutas, verduras, legumes, pobre em doces e embutidos, e com consumo de alta quantidade de água. Embora seus benefícios ainda sejam controversos, para os adeptos ao óleo de coco, ele ajuda na perda de peso, no controle da saciedade, na redução da gordura corporal, aumenta a imunidade e ainda possui efeito hidratante

  • Contraindicação: desde que consumido na quantidade recomendada, ou seja, até 10% das calorias totais ingeridas no dia, o óleo não possui contraindicações. No entanto, antes de usá-lo nas refeições, o ideal é buscar orientação médica e nutricional

  • Consumo antes da prática de esporte: por ser rico em triglicerídeos de cadeia média  (gordura rapidamente absorvida pelo organismo), o óleo de coco fornece energia imediata. A gordura é um importante componente da dieta, usada na produção de hormônios, regulação da resposta imune e inflamatória, essencial para o crescimento, além de produzir energia

  • Efeitos para a saúde cardiovascular: um estudo publicado na revista Life Sciences Research Office apontou que o consumo de óleo de coco não aumenta o colesterol nem o risco de se desenvolver doenças coronarianas, pois ele regula as taxas de HDL, o bom colesterol. Mas, quem tem colesterol alto ou doenças cardiovasculares deve fazer uma avaliação médica antes de consumí-lo

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