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Estado de Minas TECNOLOGIA

Celulares e tablets viram disseminadores de conteúdo íntimo

De acordo com estudo da empresa de antivírus McAfee, maioria dos adultos entre 18 e 24 anos compartilha conteúdo sexualmente sugestivo, e quase a metade deles divulga senhas


postado em 04/02/2014 15:11 / atualizado em 04/02/2014 15:38

Depois que programas de trocas de mensagens e de redes sociais se tornaram febre, como Whatsapp e Instagram, não é estranho que as pessoas comecem a compartilhar conteúdo íntimo no mundo digital. Isso foi comprovado por uma pesquisa da McAfee, empresa americana de software de proteção (especialmente antivírus), e que pretence à Intel,  intitulada Amor, Relacionamentos e Tecnologia. A empresa analisou respostas de 500 consumidores brasileiros que estão compartilhando e armazenando dados sexuais em seus dispositivos móveis, especialmente com seus parceiros atuais ou os “ex”.

Enquanto 98% dos brasileiros entrevistados usam seus smartphones para tirar fotos e 86% o fazem com tablet, 62% enviam ou recebem conteúdo íntimo, incluindo vídeo, fotos, e-mails e mensagens. Dos entrevistados, 82% protegem seus smartphones com senha ou código de acesso. No entanto, 43% dos adultos brasileiros compartilham suas senhas com seu parceiro, enquanto 49% usam a mesma senha em vários dispositivos, aumentando a probabilidade destes dispositivos móveis serem hackeados.

"Com todas as histórias que ouvimos sobre fotos íntimas sendo vazadas, é difícil acreditar que as pessoas ainda estão compartilhando suas senhas", diz Gary Davis, vice-presidente de negócios de consumo da McAfee. "Ultimamente, eles estão aumentando os riscos dessas fotos se tornarem públicas e, possivelmente, comprometerem sua identidade e reputação. Os consumidores devem tomar precauções e usar a segurança móvel para garantir que dados pessoais se mantenham privados", conclui o executivo.

Isso pode ser comprovado com os casos recentes de vazamento de fotos íntimas de grandes personalidades do Brasil e do mundo, como as imagens das atrizes Carolina Dieckmann e Scarlett Johansson e da cantora Rihanna. A McAfee aconselha os consumidores a não compartilhar senhas ou códigos para dispositivos móveis com quem quer que seja para ajudar a manter o seu conteúdo seguro. Os usuários de dispositivos móveis devem evitar o uso de senhas fracas que podem ser facilmente descobertas, como aniversários, números em sequência ou números repetidos. Ao invés disso, usar senhas de seis dígitos e palavras transformadas em números usando o teclado do celular é mais forte e esses formatos devem ser adotados.

A pesquisa mostrou ainda que 54% dos entrevistados entre 18 e 24 anos de idade costumam receber conteúdo sexualmente sugestivo de alguém – a maior porcentagem de todas as faixas etárias –. Mais mulheres estão propensas a usar seu dispositivo móvel para enviar e receber esse tipo de conteúdo (66% mulheres contra 58% das homens).

Ciúmes?

Enquanto 91% dos entrevistados pela McAfee confiam que seus parceiros não enviarão conteúdo íntimo ou informações privadas, 75% pedem para o parceiro apagar as informações quando terminam o relacionamento. Além disso 60% compartilham o conteúdo do celular e 79% dos entrevistados olham o dispositivo móvel do parceiro para ver o conteúdo armazenado nele, incluindo mensagens e fotos.

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