Publicidade

Estado de Minas ALIMENTAçãO

Acordo já retira 1,2 mil toneladas de sódio de pão e macarrão

Segundo o Ministério da Saúde, a ideia é que se consiga retirar quase 2 mil toneladas de sal de bisnaguinhas, pães de forma e macarrão, até o final do ano


postado em 12/08/2014 11:35

De 2011 para 2012, as indústrias de alimento conseguiram retirar 1.295 toneladas de sódio das bisnaguinhas, dos pães de forma e dos macarrões instantâneos. Esse foi o resultado de um acordo feito entre o Ministério da Saúde e a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia), que prevê queda de 1,8 mil tonelada dessa substância até o final de 2014, apenas com esses três produtos – a ideia é retirar quase 30 mil toneladas até 2020.

De acordo com o ministério, no período, houve redução de quase 11% no sódio da bisnaguinha e do pão de forma, e de mais de 15% no do macarrão instantâneo.

Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a redução é satisfatória para um primeiro ano de acordo: "Com apenas três tipos de alimentos, já conseguimos retirar mais de 1,2 mil tonelada de sódio das prateleiras. Com os quatro acordos, esperamos chegar a 28 mil toneladas até 2020 e, com isso, reduzir as mortes por acidentes vasculares cerebrais em 15% e os óbitos por infarto em 10%".

A medida é uma forma de alertar a população para a importância de reduzir o sal na alimentação. A Organização Mundial da Saúde indica que o ideal é consumir no máximo 5 gramas de sódio por dia, porém, o consumo do brasileiro chega a 12 gramas diários. "Quase metade da população acredita estar consumindo a quantidade ideal. No entanto, sabemos que isso não é verdade. Nosso consumo ainda está muito acima do recomendado. Esses acordos de redução do sal são importantes, porque ajudam a diminuir a quantidade ingerida justamente nos itens em que o consumidor não percebe, nos alimentos processados", destaca o ministro.

Segundo o Ministério da Saúde, o consumo exagerado de sal está relacionado ao aumento no risco de doenças crônicas, como hipertensão, doenças cardiovasculares e doenças renais. As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por 63% das mortes no mundo e 72% no Brasil.

Ao todo, são quatro acordos de cooperação entre Ministério da Saúde e Abia para a redução de sódio nos alimentos industrializados. Eles contemplam 16 categorias de alimentos, representando 90% dos itens industrializados. Dados da Pesquisa de Orçamento Familiar de 2008 mostram que 28% do que vai à boca do brasileiro são alimentos industrializados. No último acordo assinado no final do ano passado, laticínios, embutidos e sopas prontas foram contemplados com a redução de sódio.

(com Agência Brasil)

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade