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Estado de Minas LEGISLAçãO

O que você acha de um cemitério público para cães e gatos?

Essa é a ideia por trás de um projeto de lei que está tramitando na Câmara Municipal de Belo Horizonte, e que prevê um espaço na cidade destinado aos bichinhos de estimação mortos, incluindo crematório


postado em 27/08/2014 16:32 / atualizado em 27/08/2014 18:01

Que os animais domésticos já fazem parte das famílias, e alguns são considerados até como filhos, não é segredo para ninguém. Porém, quando o bichinho morre, surge um problema: o que fazer com seu "cadáver"? "Em se tratando de um momento de despedida, que por si só já é demasiadamente doloroso, acrescentam-se os obstáculos e a impotência de agir, enfrentados pelos donos dos animais ao procederem ao sepultamento dos mesmos", diz o vereador Doutor Sandro (PROS), autor do projeto de lei 1067, de 2014, que está sendo analisado na Câmara Municipal de Belo Horizonte. De acordo com a proposta, a cidade passaria a ter cemitério e crematório destinados exclusivamente a animais domésticos de pequeno e médio porte.

Já apreciado pelas comissões de Legislação e Justiça e de Saúde e Saneamento, o projeto foi encaminhado para a secretaria municipal de Saúde, para emissão de parecer sobre o assunto. "Queremos saber quais seriam os impactos da implantação do crematório e do cemitério de animais para a administração pública. Além disso, será que a prefeitura tem local para a deposição dos corpos? Quais benefícios a provação da proposta traria para a cidade?", questiona o vereador Veré da Farmácia (PTdoB), relator da proposta.

No entorno de Belo Horizonte, algumas cidades possuem cemitérios dedicados aos pets. É o caso de Betim. No Cemitério dos Animais Reviver, que fica no bairro Bandeirinhas – a 35 km do centro de BH. O cliente pode adquirir jazigos perpétuos, para a "eterna morada" dos animaizinhos, com preços que variam de R$ 450 a R$ 990 (para até dez animais). Além disso, eles ainda oferecem o serviço de traslado do corpo do bichinho, espaço para velório e serviço de crematório.

O vereador Doutor Sandro, na justificativa do projeto de lei, lembra que Belo Horizonte não possui um local específico onde as famílias possam enterrar e cultuar seus bichinhos de estimação mortos. Isso é feito em quintais, lotes vagos e até em vias públicas. "Esse projeto, portanto, além de possuir uma nuance sentimental, tem também um relevante caráter ecológico e de saúde pública, já que o organismo que está passando pelo processo de decomposição pode contaminar o solo, o lençol freático e transmitir doenças", explica o legislador.

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