A pesquisa, realizada pelo Instituto de Ciência Weizmann, em Israel, afirma que o uso contínuo de adoçantes pode causar intolerância à glicose – quando o organismo não produz insulina o suficiente e pode significar o primeiro passo para a diabetes. Foram realizados testes com camundongos e, como explica Lamounier, após ler o estudo, o que fica comprovado é a influência intestinal que os adoçantes exercem. “O adoçante eleva a microflora intestinal – 90% das células que temos no nosso organismo são bactérias e fungos. Hoje, existem vários estudos que mostram que a variação nessa microflora está ligada à obesidade e diabetes”, afirma. Ainda de acordo com o endocrinologista, o uso indiscriminado de antibióticos pode também alterar nossa flora intestinal e aumentar os risco para as mesmas doenças.
Para quem não dispensa o adoçante no dia a dia, qual é a quantidade diária permitida? O limite é o bom senso, recomenda Lamounier. Para ele, o perigo está na forma de uso. “O adoçante é para ser usado em gotas, não em jatos”, e completa: “Os doces produzidos com adoçantes devem ser evitados, pois são feitos com uma quantidade elevada do produto”.
A diretora do Conselho Regional de Nutricionistas de Minas Gerais, Elizabeth Chiari, sugere o consumo dos alimentos na sua forma in natura. “Mas para quem não consegue, recomendamos o uso do açúcar mascavo, por ser também fonte de outros nutrientes”. Segundo a nutricionista, os adoçantes mais recomendados são os à base de sucralose ou stévia.
Conheça mais sobre cada tipo de adoçante e a quantidade recomendada
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