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Estado de Minas ELEIçõES 2014

Dilma é reeleita com divisão de votos no país

A candidata do PT conseguiu sua reeleição com uma pequena margem de diferença para Aécio Neves, de apenas 3,28%, mas deixou o país dividido entre "norte e sul"


postado em 27/10/2014 09:30

O mapa das votações no Brasil revela um país dividido. A presidenta reeleita Dilma Rousseff (PT) – que fechou a eleição com 51,64% contra 48,36% de seu concorrente – venceu no norte e no nordeste. O senador Aécio Neves (PSDB) ganhou no centro-oeste, no sudeste e no sul.

Dilma obteve a maior vantagem no nordeste, onde conseguiu 71,69% contra 28,31% de Aécio, com diferença de 12,2 milhões de votos. No norte, a presidenta reeleita ganhou por 56,54% contra 43,46%. A vantagem na região chegou a 1,01 milhão de votos.

Em termos percentuais, Aécio conseguiu a maior vantagem no sul, onde venceu Dilma por 58,9% a 41,1%. No centro-oeste, o candidato da oposição obteve 57,42%, contra 42,58% da presidenta. No sudeste, Aécio venceu por 56,18% a 43,82%.

(foto: Agência Brasil/Divulgação)
(foto: Agência Brasil/Divulgação)


Em seu discurso como presidente reeleita, Dilma Rousseff falou em união e reformas. Em Brasília, ela negou que o país esteja dividido e pediu paz entre todos. "Conclamo, sem exceção, todas as brasileiras e brasileiros a nos unirmos em favor de nossa pátria, de nosso país, do nosso povo. Não creio que essas eleições tenham dividido o país. Entendo que elas tenham mobilizado ideias e emoções, às vezes contraditórias, mas movidas por um sentimento comum: a busca por um futuro melhor para o Brasil", diz.

A presidente disse também que entendeu o recado das urnas sobre a necessidade de mudanças. "O caminho é muito claro. Algumas palavras e temas dominaram essa campanha. A palavra mais repetida, mais falada, foi mudança. O tema mais amplamente convocado foi reforma. Sei que estou sendo reconduzida para ser a presidenta que irá fazer as grandes mudanças que a sociedade precisa", afirma.

Segundo Dilma, a primeira reforma que ela buscará será a política. Ela disse que vai procurar o congresso para conversar, assim como movimentos da sociedade civil. E voltou a insistir na necessidade de um plebiscito para "dar força e legitimar" a reforma. "Entre as reformas, a primeira e mais importante deve ser a reforma política. Deflagrar essa reforma, que é de responsabilidade do congresso, deve mobilizar a sociedade por meio de um plebiscito, de uma consulta popular", explica.

(com Agência BrasiL)

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