O que ninguém poderia esperar é que o clipe do Psy alcançaria a marca de 1 bilhão de visualizações, e, hoje, foi muito além, ultrapassou a marca de 2.147.483.647 visitas. Esse número equivalia à capacidade máxima do YouTube para registrar os acessos aos vídeos – já que o portal usava a tecnologia 32 bits. "Na época em que o site foi criado, o Google usou a engenharia disponível, já que não existia nada superior", diz Otaviano de Sousa, professor do curso de Sistemas para Internet do Uni-BH.
Como explica o especialista, isso é o mesmo que uma pessoa comprar um celular 4G, e, em seguida, o mercado lançar a tecnologia 5G. As adaptações são feitas conforme a necessidade.
Para resolver o problema da falta de espaço para contabilizar os números, o Google mudou o sistema do YouTube e dobrou o processamento, que passou para 64 bits. Para se ter uma ideia, agora, um vídeo pode chegar a 9.223.372.036.854.775.808 visualizações – ou seja, mais de 9 quintilhões de visitas.
Em sua rede social, o Google Plus, a empresa americana postou uma mensagem dizendo: "Nunca pensamos que um vídeo poderia ser assistido em números maiores que um inteiro de 32 bits (...) mas isso foi antes de conhecermos Psy".
O professor Otaviano de Sousa lembra que as tecnologias evoluem muito rapidamente, e por isso o YouTube demorou para se atualizar. "Se pensar em termos de Estados Unidos, houve um atraso. Mas a maioria das pessoas assiste aos vídeos em celulares e smartphones, e a mudança no sistema não faz diferença", completa.
Curiosamente, o segundo vídeo mais visto do YouTube é também um clipe: Baby do cantor canadense Justin Bieber, com mais de 1,1 bilhão de visualizações.
Se você ainda não assistiu ao clipe Gangam Style, do Psy, confira abaixo o grande sucesso coreano: