Como a energia elétrica no Brasil é gerada predominantemente por usinas hidrelétricas, elas dependem das chuvas e do nível de água nos reservatórios. "Quando há pouca água armazenada, usinas termelétricas podem ser ligadas com a finalidade de poupar água nos reservatórios das usinas hidrelétricas. Com isso, o custo de geração aumenta, pois essas usinas são movidas a combustíveis como gás natural, carvão, óleo combustível e diesel", explica a Aneel.
Segundo Anderson Ferreira, gerente de relacionamento comercial com clientes da Cemig, as faturas de energia informam, desde junho do ano passado, aos consumidores, a bandeira tarifária divulgada mensalmente em caráter de teste, com o objetivo de facilitar a compreensão dos clientes sobre esse novo sistema. "Fica mais justo e mais claro para o consumidor que vai passar a conhecer melhor a sua conta de energia. As bandeiras não representam um acréscimo, mas uma sinalização mais clara para o consumidor, especialmente, no caso da utilização das térmicas, que são as energias mais caras", explica.
A Aneel, em seu site, diz que as bandeiras tarifárias são uma forma "diferente" de apresentar um custo que hoje já está na conta de energia, e que passa despercebido para o consumidor. Atualmente, os custos com compra de energia pelas distribuidoras são incluídos no cálculo de reajuste das tarifas e são repassados aos usuários um ano depois de ocorridos, quando a tarifa reajustada passa a valer. "Com as bandeiras, haverá a sinalização mensal do custo de geração da energia elétrica que será cobrada do consumidor, com acréscimo das bandeiras amarela e vermelha. Essa sinalização dá, ao consumidor, a oportunidade de adaptar seu consumo, se assim desejar", completa a agência.
Entenda como se dá a aplicação das bandeiras tarifárias nas contas de energias das distribuidoras:
- Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo e parte de um patamar mais baixo que a tarifa calculada pela metodologia atual
- Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos
- Bandeira vermelha: condições mais custosas de geração. A tarifa sobre acréscimo de R$ 3,00 para cada 100 kWh consumidos
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