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Estado de Minas EDUCAÇÃO

Professores devem orientar alunos para que trabalhos não sejam cópias da internet

Segundo pedagoga, para fugir do 'control c e control v', é preciso diálogo e orientação dos educadores


postado em 06/02/2015 18:07 / atualizado em 06/02/2015 18:12

De acordo com a especialista em educação, alunos sempre copiaram conteúdo das fontes de pesquisa, e o importante é orientá-las sobre como usar as informações obtidas(foto: Pixabay)
De acordo com a especialista em educação, alunos sempre copiaram conteúdo das fontes de pesquisa, e o importante é orientá-las sobre como usar as informações obtidas (foto: Pixabay)
Em meados da década de 1990 a internet começou a se popularizar no Brasil. Entre tudo que a nova ferramenta tinha a oferecer, um dos principais atrativos à época (e ainda nos dias atuais) era a facilidade em obter informações sobre tudo, dos mais variados assuntos. Parecia o fim de uma era de pesquisas escolares em enciclopédias, livros de história, jornais e revistas antigos, das visitas a sebos e também a bibliotecas. E a internet, para a geração seguinte, acabou se tornando o principal meio de pesquisa para trabalhos escolares – para muitos, provavelmente o único.

No entanto, a pedagoga Francisca Romana Giacometti Paris avalia que a internet deve ser encarada apenas como mais uma ferramenta de pesquisa para os alunos, e com ressalvas. "Devemos apenas lembrar de que nem tudo o que está na internet é verdadeiro. Há muitas informações falsas, equivocadas. Ou seja, deve haver muito cuidado no que se pesquisa. É sempre bom confrontar as informações buscadas na web com outras fontes também", sugere.

Sobre o fato de que, em determinados casos, muitos alunos optam apenas por se dar ao trabalho de copiar e colar os textos que encontram na internet, sem realizar verdadeiramente uma pesquisa mais aprofundada sobre o tema proposto em sala de aula, a especialista acredita que esse não é um problema exclusivo da internet. "Antigamente, os alunos copiavam páginas e mais páginas de enciclopédias, por exemplo. Cabe aos educadores buscarem uma forma de identificar e de coibir essa prática. Mas, acima de tudo, de despertar nos alunos o real sentido e interesse pela pesquisa", diz.

A recomendação é também para que os professores não atuem apenas nas duas pontas, a de pedir que os alunos façam o trabalho e, por fim, apenas a de avaliar o que foi feito, dar a nota à pesquisa apresentada. "É importante que os educadores busquem acompanhar todo o processo, orientando os alunos sobre qual caminho seguir, com dicas de obras e bibliografias, entre outras maneiras que possam colaborar com o trabalho que está sendo desenvolvido. Pesquisar é muito mais do que dar 'control+c e control+v'", afirma a pedagoga.

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