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Estado de Minas POLÍTICA

"Aqui, no Brasil, as pessoas podem se manifestar"

Presidente Dilma Rousseff diz que manifestações são dignas da democracia, mas que não existe espaço para impeachment


postado em 09/03/2015 18:26 / atualizado em 09/03/2015 18:41

A presidente Dilma, sobre as manifestações contrárias a seu pronunciamento:
A presidente Dilma, sobre as manifestações contrárias a seu pronunciamento: "Chegamos à democracia e temos que conviver com a manifestação" (foto: Roberto Stuckert/PR/Divulgação)
A presidente Dilma Rousseff considerou naturais de uma país democrático os protestos contra ela e o governo ocorridos no domingo, dia 8 de março, mas disse que não há razões para que o conteúdo dessas manifestações sejam pedidos de impeachment. “Aqui, no Brasil, as pessoas podem se manifestar. Eu sou de uma época em que se a gente se manifestasse, acabava na cadeia, podia ser torturado ou morto. Chegamos à democracia e temos que conviver com a manifestação. O que nós não podemos aceitar é a violência”, declara em entrevista a jornalistas.

Enquanto o pronunciamento de Dilma à nação era exibido, em cadeia nacional de rádio e TV, houve manifestações em diversas capitais do país, nas formas de vaias, panelaço e buzinaço. Pelas mídias sociais, foram registrados protestos desse tipo em regiões de Brasília, do Rio de Janeiro, de São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia e Curitiba.

"Acho que há que caracterizar as razões para impeachment, e não o terceiro turno das eleições. O que não é possível no Brasil é a gente também não aceitar a regra do jogo democrático. A eleição acabou, houve primeiro e segundo turno. Terceiro turno das eleições, para qualquer cidadão brasileiro, não pode ocorrer a não ser que você queira ruptura democrática. Se se quiser uma ruptura democrática, eu acredito que a sociedade brasileira não aceitará rupturas democráticas”, destaca a presidenta.

Ela disse que quem convocar protestos pode organizar do jeito que quiser. “A manifestação vai ter as características que tiverem seus convocadores; agora, ela em si não representa nem a legalidade nem a legitimidade de pedidos que rompem a democracia”.

(com Portal EBC)

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