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Estado de Minas CIÊNCIA

Instituto Fiocruz isola vírus causador da chikungunya

A expectativa, agora, é que para a criação de kits de diagnóstico da doença, o que permitirá a detecção mais rápida do vírus


postado em 06/03/2015 10:21 / atualizado em 06/03/2015 10:27

Células de amostras humanas infectadas pelo vírus chikungunya com a fluorescência produzida durante o isolamento do vírus na Fiocruz do Paraná (foto: Fiocruz/Divulgação)
Células de amostras humanas infectadas pelo vírus chikungunya com a fluorescência produzida durante o isolamento do vírus na Fiocruz do Paraná (foto: Fiocruz/Divulgação)
Muito parecida com a dengue, a febre chikungunya chegou ao Brasil no final de 2013 e já se tornou um problema de saúde pública. Apesar de não gerar um quadro clínico grave, ela é caracteriza por dores muito fortes no corpo. Mas, o Instituto Carlos Chagas, da Fiocruz no Paraná, acaba de nos dar uma boa notícia: em fevereiro, conseguiram isolar o arbovírus causador da chikungunya em amostras humanas.

De acordo com o instituto, o feito deve impulsionar de forma significativa o desenvolvimento de kits de diagnóstico para a doença e permitir que a detecção do vírus seja realizada sem a necessidade de se utilizar animais.

Dados recentes do Ministério da Saúde mostram que existem 771 casos suspeitos no país, sendo 82 confirmados, 687 em investigação e dois descartados no período de 4 de janeiro a 7 de fevereiro de 2015. Os estados do Amapá, Mato Grosso do Sul, de Goiás, da Bahia, e Distrito Federal são os afetados. "O diagnóstico e a notificação de casos de chikungunya é fundamental para que possamos ter uma vigilância epidemiológica eficaz", ressalta a virologista Claudia Nunes Duarte dos Santos, chefe do laboratório de virologia molecular do Instituto Carlos Chagas.

Após a chegada das amostras de sangue de pacientes, o isolamento foi confirmado em um curto espaço de tempo. "Este tipo de trabalho é uma rotina para nós do laboratório de virologia molecular. Recebemos as amostras de pacientes em fase aguda da doença e, em apenas 10 dias, já tínhamos o vírus isolado, utilizando anticorpos monoclonais produzidos por nossa equipe", explica Claudia.

(com Agência Fiocruz)

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