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Estado de Minas CIDADE

Moradores reclamam de abandono do parque ecológico Telê Santana

Vereadores de BH visitaram o local e constataram a denúncia de que o espaço está em desuso e não possui segurança


postado em 19/03/2015 15:26

O parque ecológico Telê Santana foi criado em 2007 e custou R$ 800 mil. Segundo moradores, ele está abandonado e não possui função para a comunidade(foto: CMBH/Divulgação)
O parque ecológico Telê Santana foi criado em 2007 e custou R$ 800 mil. Segundo moradores, ele está abandonado e não possui função para a comunidade (foto: CMBH/Divulgação)
A Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana da Câmara Municipal de Belo Horizonte realizou na quarta-feira, dia 18 de março, uma visita técnica ao parque ecológico Telê Santana, situado na avenida Augusto dos Anjos, 1615, no Bairro Rio Branco, região de Venda Nova. Líderes comunitários que acompanharam os parlamentares reclamaram do descaso do poder público com a área. O vereador Doutor Sandro (PROS), que requisitou a visita, constatou a precariedade do equipamento público que, em estado de abandono, é costumeiramente utilizado por consumidores de drogas e para descarte ilegal de entulho.

A quadra de futebol e o vestiário presentes no parque estão deteriorados, inibindo o uso pela comunidade. De acordo com as informações coletadas pelos vereadores, não há segurança no local nem guaritas ou cerca de proteção em toda a extensão do terreno. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) afirmou que já há previsão de investimento de R$ 1 milhão para a reforma e a ampliação dos equipamentos esportivos. Segundo a secretaria adjunta municipal de Esportes, a expectativa é que o processo licitatório para as obras venha a ter início no segundo semestre deste ano.

O parque Telê Santana foi implantado em 2008, como uma realização do Orçamento Participativo Digital. A PBH informa que, à época, o local recebeu investimentos de cerca de R$ 800 mil para a construção de instalações sanitárias, vestiários masculinos e femininos e campo de futebol com arquibancada.

No entanto, o resultado das obras não atendeu às expectativas da comunidade. Representante da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização da Execução do Orçamento Participativo e líder comunitário, Deraldo Costa, afirma que a área não pode nem mesmo ser considerada um parque, dada a falta de estrutura do local. Ele conta que os vestiários e instalações sanitárias estão deteriorados e sem condições de uso e que a quadra também precisa de reparos. "Ganhamos um parque no Orçamento Participativo Digital, mas não levamos", afirma o morador. Ele explica que a instalação de um parque ecológico é um sonho antigo dos moradores e que ainda espera vê-lo concretizado.

Para Amadeu Luis Vieira, morador da região há 34 anos e membro do Conselho Comunitário de Segurança Pública da 15ª Companhia, uma das alternativas para a área seria a construção de um batalhão de polícia em parte da área do parque. Segundo ele, o equipamento de segurança poderia dividir espaço com o parque, conjugando o objetivo de garantir a segurança da região com as necessidades de se assegurar o lazer da população e a preservação do ambiente natural lá existente.

Audiência pública

Com esse cenário encontrado pelos parlamentares, o vereador Doutor Sandro vai apresentar um requerimento de audiência pública para discutir o tema com a comunidade local e a prefeitura. De acordo com ele, o parque não foi devidamente implantado e encontra-se em "estado precário", o que torna a audiência um instrumento necessário para que se busque uma solução que contemple os moradores.

(com Assessoria da CMBH)

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