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Estado de Minas SAÚDE

Batalha contra o mal de Parkinson ganha reforços tecnológicos

Óculos que estimulam os neurônios e 'marca-passo' cerebral são os mais recentes aliados da Medicina e, principalmente, das pessoas que sofrem com a doença


postado em 20/04/2015 08:52 / atualizado em 20/04/2015 09:08

Os óculos especiais emitem sinais sonoros ao cérebro, o que ajuda na diminuição do tremor na hora de caminhar, para quem sofre com o mal de Parkinson(foto: Internet/Reprodução)
Os óculos especiais emitem sinais sonoros ao cérebro, o que ajuda na diminuição do tremor na hora de caminhar, para quem sofre com o mal de Parkinson (foto: Internet/Reprodução)
Conhecido por causar tremores e lentidão em seus portadores, o mal de Parkinson é uma doença de origem neurológica e degenerativa. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 1% da população mundial idosa possui a doença. No Brasil, ainda de acordo com o levantamento da OMS, esse número chega a 200 mil. Graças aos avanços tecnológicos e à evolução da própria Medicina, as pessoas que têm Parkinson, doença ainda sem cura, podem conviver melhor com o problema.

A neurologista Rosamaria Guimarães, presidente da Sociedade Mineira de Neurologia, diz que a qualidade de vida de quem tem o mal de Parkinson melhorou muito ao longo do tempo: "Apesar de ser uma doença degenerativa, a evolução é lenta. Este é um fator que propicia oportunidades para nós, médicos, realizarmos intervenções que aliviam os sintomas da doença nos pacientes".

Entre os novos procedimentos que auxiliam os portadores do mal de Parkinson, está a utilização de um óculos que possui fones de ouvido integrados em suas alças. O acessório, fabricado em Israel, emite estímulos sonoros especialmente desenvolvidos para ativar neurônios adormecidos, ajudando quem tem a doença a se locomover melhor.

Outra inovação, que também vem sendo utilizada no combate ao Parkinson, é uma espécie de "marca-passo" para o cérebro. Assim como o aparelho utilizado no coração, em pacientes com insuficiência cardíaca, eletrodos são conectados ao cérebro para estimulá-lo, reduzindo a intensidade dos tremores.

Segundo a neurologista Rosamaria Guimarães, ambas as novidades utilizam um método conhecido como DBS, sigla para Deep Brain Stimulation (Estimulação Cerebral Profunda, em tradução livre do inglês). A especialista também explica que esses aparelhos, geralmente, são utilizados em casos mais graves da doença, ou em pacientes cujo organismo não reage satisfatoriamente aos remédios.

Mesmo com os avanços tecnológicos, a especialista ressalta que os medicamentos, aliados a tratamentos como fonoaudiologia, ainda permanecem como os recursos mais eficazes para aliviar os sintomas do mal de Parkinson.

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