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Estado de Minas MERCADO

Nissan descarta crise e coloca Kicks na pauta

A montadora japonesa mostra que quer aumentar a produção de carros no Brasil, bem como a nacionalização dos modelos, que pode chegar a 80% em 2016


postado em 17/04/2015 14:00

O presidente da Nissan Brasil não negou a ideia de produzir o SUV Kicks no Brasil, e deixou no ar a possível apresentação do modelo ao mercado durante as Olimpíadas de 2016(foto: Nissan/Divulgação)
O presidente da Nissan Brasil não negou a ideia de produzir o SUV Kicks no Brasil, e deixou no ar a possível apresentação do modelo ao mercado durante as Olimpíadas de 2016 (foto: Nissan/Divulgação)
De Resende (RJ) - Ao celebrar um ano de atividade do complexo industrial de Resende (RJ), no último dia 16 de abril, o presidente da Nissan do Brasil, François Dossa, diz que, apesar do mercado em baixa e crise econômica, a marca confirma o investimento de R$ 2,6 bilhões, e quer atingir 3% do mercado brasileiro este ano e chegar em 2016 com 5% de participação.

François, que ressalta que o ano fiscal japonês começou agora em abril, praticamente confirma a produção do Kicks (um crossover que foi mostrado no salão do Automóvel de São Paulo). Segundo ele, o segmento dos SUVs e crossovers compactos está crescendo muito e a Nissan não quer ficar de fora de uma fatia de mercado na qual é muito forte e competitiva.

O presidente da Nissan Brasil explica que a montadora está muito envolvida com o patrocínio dos jogos olímpicos no Brasil em 2016 e, ao responder a um jornalista sobre a data de lançamento do Kicks, deixou no ar que o evento esportivo seria um ótimo momento para "lançar um carro dessa importância". François Dossa lembra que o conceito apresentado no salão do automóvel de São Paulo, em outubro do ano passado, tinha cerca de 90% dos componentes do modelo que deve entrar em produção.

Sobre o problema da desaceleração no setor dos investimentos dos fornecedores, Dossa afirma que "eles estão felizes com a Nissan", pois, enquanto a maioria está reduzindo o ritmo de produção, a marca está aumentando e demandando mais. Ele volta a ressaltar o objetivo estabelecido pelo CEO mundial da aliança Renault-Nissan, Carlos Goshn, quando esteve no Brasil há um ano para a inauguração da fábrica de Resende: aumentar cada vez mais o nível de nacionalização dos modelos lá produzidos, chegando a 80% em 2016. Atualmente, a unidade conta com seis empresas na região da fábrica carioca e quer aumentar esse número para 10 até o final deste ano.

Atualmente, a fábrica brasileira produz 30 mil veículos das linhas March (hatch) e Versa (sedã) e os motores que equipam esses dois modelos: o novo 1.0 12V de três cilindros e o 1.6 16V de quatro cilindros. A ideia, segundo François Dossa, é chegar a 68 mil este ano. A unidade tem capacidade para produzir até 200 mil veículos e 200 mil motores por ano, e, atualmente, conta com 1.800 funcionários, incluindo diretores e fornecedores.

Além dos empregos e do impulso na economia, o presidente destaca as obras que a fábrica trouxe para a comunidade local, como o Centro Educacional da Primeira Infância que a Nissan construiu em Resende e o compromisso ambiental que a empresa assumiu, ao adotar procedimentos sustentáveis de baixo impacto, como tratamento adequado de resíduos usados no processo produtivo, implantação de um "cinturão verde" no entorno da fábrica e de uma unidade de conservação ambiental na área da lagoa da Turfeira, que fica ao lado do complexo industrial.


* Jornalista viajou a convite da Nissan do Brasil.

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