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Estado de Minas VIAGEM

Turismo doméstico ganha força com a alta do dólar

Segundo as associação da área, a alta da moeda americana favorece viagens internas e atraem também os estrangeiros


postado em 30/04/2015 12:40

Com o dólar próximo a R$ 3, os brasileiros estão viajando mais pelo país, e, consequentemente, deixando de lado os destinos internacionais(foto: Pixabay)
Com o dólar próximo a R$ 3, os brasileiros estão viajando mais pelo país, e, consequentemente, deixando de lado os destinos internacionais (foto: Pixabay)
Com o dólar mais caro que no mesmo período do ano passado, há uma tendência de aumento do interesse dos brasileiros por viagens domésticas. A valorização da moeda norte-americana dá também maior competitividade ao turismo para estrangeiros. Entidades do setor de turismo confirmam o cenário positivo, mas argumentam que os custos para operar impedem barateamento dos pacotes, e que não há divulgação suficiente do Brasil no exterior.

No primeiro trimestre deste ano, a cotação do dólar encostou em R$ 3,30. A moeda está ensaiando baixa, mas permanece cotada perto de R$ 3. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Enrico Fermi, afirma que a maior procura por destinos nacionais foi registrada em dezembro de 2014 e nos três primeiros meses deste ano.

"Há tendência de migrarem para o turismo interno. Nossa taxa de ocupação cresceu. Na cidade de Natal, tivemos aumento de 14% na ocupação em relação a outros anos", exemplifica. Ele ressalta que a valorização do dólar torna o Brasil mais atraente para o turista estrangeiro. "O poder de compra dele aumenta. Mas a carga tributária alta impede que o Brasil ofereça preços mais baratos. Hoje, o Caribe tem os melhores preços para estrangeiros", informa.

Na Associação Brasileira das Agências de Viagem, a expectativa é que as viagens internacionais dos brasileiros fiquem estáveis e as viagens internas cresçam 5% em 2015 em relação a 2014. Na avaliação de Leonel Rossi, vice-presidente de Relações Internacionais da entidade, o crescimento do movimento doméstico não deve ocorrer isoladamente em função do dólar mais caro. Segundo Rossi, tanto o turismo interno quanto o internacional têm muita margem para crescer.

"São 7 milhões de turistas internacionais e 45 milhões de turistas domésticos por ano, em uma população de mais de 200 milhões de pessoas. As duas modalidades de turismo estarão sempre crescendo. Nos últimos três anos, 13 companhias aéreas internacionais vieram para o Brasil. O crescimento do turismo é irreversível”, diz ele, que defende mais investimentos para o setor.

"O dinheiro que temos para promover o Brasil no exterior é pouco. Após a Copa do Mundo devíamos ter aproveitado para fazer um marketing pesado, mas não houve verba para isso. Agora, o dólar mais alto facilitou que o turista estrangeiro venha para cá, mas tem que mostrar o Brasil para o mundo", comenta.

Dados do Banco Central mostram que, no primeiro trimestre de 2015, os gastos de estrangeiros no Brasil cresceram 2,81%, de US$ 533 milhões para US$ 548 milhões. Para Leonel Rossi, o crescimento é pequeno, ficando aquém do potencial do país como destino turístico.

(com Portal EBC)

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