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Estado de Minas BEM-ESTAR

Amamentar pode ajudar a prevenir câncer de mama

Estudos mostram que mulheres que tiveram filhos e amamentaram por 6 meses ou mais, tiveram menos chance de contrair a doença


postado em 28/05/2015 08:48

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Muito se fala sobre a proteção que o aleitamento materno oferece contra o câncer de mama. Mas, o que parecia apenas uma teoria, foi comprovado por dois estudos recentes.

O primeiro se deu a partir de um relatório anual dos casos de câncer de mama entre 1975 e 2011, e que foi publicado no Journal of the National Cancer Institute, da Inglaterra. Esse estudo foi feito com dados da American Cancer Society, do Centers for Disease Control and Prevention, do National Cancer Institute (NCI) e da North American Association of Central Cancer Registraties, e que serviram para avaliar a incidência da doença, baseada em estatísticas nacionais.

Entre os tipos de câncer analisados, o subtipo de pior prognóstico é conhecido como triplo-negativo, mais comum em mulheres jovens. Ele é o segundo mais frequente entre mulheres negras não-hispânicas (13%), em todas as faixas etárias. "O estudo mostra que ter sido mãe protege contra o triplo-negativo e que o aleitamento materno oferece proteção contra o câncer de mama. Mas, parir sem aleitamento materno parece aumentar o risco de câncer de mama triplo-negativo nessas mulheres", afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski.

Embora não tenha sido avaliado o impacto do aleitamento em qualquer outro tipo específico de câncer de mama, o estudo recomenda a criação de programas de saúde pública para se reduzir as taxas de câncer de mama triplo-negativo em mulheres negras nessa população.

Segundo estudo

Já o outra pesquisa, também publicada no Journal of the National Cancer Institute, e que foi realizada nos Estados Unidos com 1636 mulheres, documentou 383 casos de reincidência e 290 mortes por câncer de mama, durante um acompanhamento médio de 9 anos. Os dados foram coletados dos prontuários dessas pacientes, bem como sobre a história de aleitamento materno, que era detalhada em questionário específico.

Segundo Chencinski, "o estudo apontou para uma diminuição de 30% no risco de reincidência e de 28% no risco de morte entre as mulheres que amamentaram. Quando o tempo de amamentação era superior a 6 meses, a proteção era maior. Os autores observaram que mulheres que amamentaram tinham mais probabilidade de ter o câncer de mama menos agressivo, e que o aleitamento materno pode ter levado os tumores a serem mais responsivos ao tratamento antiestrogênico".

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