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Estado de Minas ESPORTE

BH pode virar a capital do beisebol?

Apesar de já ter dois times que praticando um dos mais tradicionais esportes americanos, a capital mineira ainda não possui um campo oficial da modalidade. Mas, isso pode mudar, em breve


postado em 15/06/2015 08:26 / atualizado em 15/06/2015 10:21

O BH Capitals é um dos clubes de beisebol de Belo Horizonte e, recentemente, ganhou o apoio da entidade máxima do esporte dos Estados Unidos, a Major League Baseball(foto: Facebook/bhcapitals/Reprodução)
O BH Capitals é um dos clubes de beisebol de Belo Horizonte e, recentemente, ganhou o apoio da entidade máxima do esporte dos Estados Unidos, a Major League Baseball (foto: Facebook/bhcapitals/Reprodução)
Não são apenas os jogos de futebol e as "peladas" do fim de semana que movimentam a agenda dos brasileiros. Em Belo Horizonte, existe uma turma que é apaixonada pelo beisebol e vem lutando para que esse esporte também conquiste espaço na capital mineira.

Recentemente, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a Associação Mineira de Cultura Nipo-Brasileira (AMCNB) firmaram uma parceria para analisar a viabilidade da implantação do primeiro campo oficial de beisebol e softbol na capital. O lugar escolhido foi o Point Barreiro, localizado no bairro Flávio Marques Lisboa, em BH.

O projeto foi criado por Emi Kyouho, coordenadora de beisebol e softbol da AMCNB. Segundo ela, a proposta já recebeu o aval das secretarias de Esporte, Educação, Meio Ambiente e da regional Barreiro. As autoridades já fizeram uma visita técnica no local. Resta, agora, a parte jurídica para o início da implantação do campo. "O objetivo é arraigar a cultura desse esporte. Por lá [Point Barreiro], passam quase quatro mil crianças por semana. Talvez seja o primeiro local a se tornar berço de novos jogadores, na categoria infantil", diz, com entusiasmo, Emi.

Obstáculos e apoio

Apesar de ainda não contar com uma estrutura adequada para a prática da modalidade, Emi criou, em 2011, o BH Capitals, uma equipe fr beisebol com categorias adulta e infantil, que treina em um campo improvisado no Point Barreiro. A cidade também é representada por outro time, o Beisebol Beagá, que realiza as atividades sem estrutura apropriada.

Por incrível que pareça, os clubes da capital receberam apoio dos Estados Unidos para fortalecerem o esporte por aqui. Em março, a Major League Baseball (MLB), entidade máxima dessa modalidade no país americano, doou materiais esportivos para o BH Capitals e pata o Beisebol BH. Também está sendo analisada a consolidação de um convênio para contratação de treinadores.

O vice-prefeito Délio Malheiros visitou as instalações do Point Barreiro, em BH, onde poderá ser construído um campo oficial de beisebol(foto: Luiz Fernando Caldeira/PBH/Reprodução)
O vice-prefeito Délio Malheiros visitou as instalações do Point Barreiro, em BH, onde poderá ser construído um campo oficial de beisebol (foto: Luiz Fernando Caldeira/PBH/Reprodução)
Entusiasmo estrangeiro

O beisebol é muito tradicional nos EUA, mas foram os japoneses que, há mais de um século, trouxeram ao Brasil luvas, tacos, bolas e toda a paixão pelo esporte. Em Minas Gerais, as cidades que contam com grandes colônias orientais possuem as equipes mais fortes do estado. São Gotardo, Carmo do Paranaíba, Uberlândia e Ipatinga são os grandes expoentes mineiros, principalmente com os times de softbol.

Beisebol ou softbol?

Oficialmente criado em 1887, nos Estados Unidos, o softbol é uma versão reduzida do beisebol. Ele ganhou esse nome justamente porque se pretendia um jogo mais "reduzido" (por isso a palavra soft, em inglês). No softbol, a bola é maior e mais pesada. O taco também é diferente em relação ao do beisebol, e, o campo, é menor. A partida, ao invés de nove entradas ou "innings", tem apenas sete.

Um jogo de softbol envolve dois times com nove jogadores cada. Enquanto um defende (arremessando a bola), o outro ataca (rebatendo com o bastão) – existe o revezamento dessas funções. Ao final das sete entradas, vence a equipe que marcar mais pontos. O objetivo do jogador que ataca é rebater a bola o mais longe possível, para poder voltar à base principal, depois de passar pela primeira, segunda e terceira bases – marcando, assim, um ponto de uma vez, e caso existam outros jogadores nas bases, é posível marcar mais pontos.

A principal diferença entre as modalidades está no arremesso. No beisebol, a bola é lançada geralmente por cima do ombro do arremessador, enquanto no softbol, o lançamento é feito obrigatoriamente de baixo para cima.

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