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Estado de Minas COMPORTAMENTO

É verdade que todos nascemos bons?

Vídeo mostra um experimento com crianças, que reagem a pessoas que 'perdem' carteiras, e reacende a discussão sobre a forma como mudamos conforme crescemos, e acabamos nos tornando mais 'maldosos'


postado em 15/06/2015 11:20

No experimento japonês, as crianças mostram a ingenuidade e pureza ao se depararem com a carteira 'perdida' por um adulto(foto: YouTube/Reprodução)
No experimento japonês, as crianças mostram a ingenuidade e pureza ao se depararem com a carteira 'perdida' por um adulto (foto: YouTube/Reprodução)
Quando uma pessoa cai na rua, você a ajuda? Se acha uma carteira perdida no chão, devolve? Hoje, não é fácil dizer se as pessoas responderiam positivamente a essas questões, ainda mais com o cotidiano agitado e violento das grandes cidades. Porém, na contramão desse fato, um vídeo feito no Japão mostra como as crianças ainda guardam a ingenuidade e a pureza da raça humana.

Numa espécie de experimento, ou câmera escondida, crianças são colocadas numa situação inusitada: um adulto deixa cair, propositalmente, a carteira, e, então, aguardamos a reação dos pequenos.

Veja o vídeo:


Muitas pessoas estão usando essas imagens para justificar que os humanos nascem bons, mas são "corrompidos" com o tempo, especialmente devido ao estilo de vida contemporâneo. Para a psicanalista Adriana Tanese Nogueira, do blog Psicologia Dialética, a ingenuidade é natural da criança, como se fosse uma condição espontânea do início da vida. "Tudo é novo e há de ser descoberto. Pela ingenuidade nos aventuramos, confiamos, testamos e aprendemos. Com o passar dos anos, a ingenuidade haveria de dar lugar à sabedoria, que consiste em algumas notas amargas e em outras doces. Acontece, porém, da ingenuidade cair para dar espaço à mágua diante da vida e do mundo, produzindo descrença e misantropia", explica a especialista, num post sobre o assunto, em seu blog.

Como Adriana mostra, ao crescer, a pessoa adquire, inevitavelmente, conhecimento, amarguras e alegrias. "A ingenuidade inicial vai se transformar em maturidade. Cada experiência deveria ser um laboratório alquímico de transformação", completa a psicanalista.

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