A publicação é um verdadeiro choque para muita gente, já que nos leva a repensar o modo como "dirigimos" a vida. Ainda mais com a rotina estressante dos dias atuais, em que o trabalho consome quase todo o tempo dos gestores das famílias. Apenas quando se está vislumbrando a morte de perto é que a realidade se apresenta.
"À medida que a pessoa se dá conta das limitações e da progressão da doença, esse sentimento provoca uma necessidade de rever os caminhos escolhidos para a sua vida, agora, reavaliados com o filtro da consciência da morte mais próxima", diz a geriatra Ana Cláudia Arantes, especialista em cuidados paliativos do hospital Albert Einstein, de São Paulo.
Segundo a médica, são sentimentos comuns nessa fase da vida, especialmente no que diz respeito a deixar de lado os cuidados consigo mesmo. "É como se, agora, pudessem entender que fizeram escolhas pelas outras pessoas e não por si mesmas. Na verdade, é uma atitude comum durante a vida. No geral, acabamos fazendo isso porque queremos ser amados e aceitos. O problema é quando deixamos de fazer as nossas próprias escolhas", explica a especialista.
Ana Cláudia Arantes diz que livros como esse podem ajudar as pessoas a refletirem melhor sobre suas escolhas e o modo como se relacionam com o mundo e consigo mesmas, se permitindo viver de uma forma melhor. "Ele nos mostra que as coisas importantes para nós devem ser feitas enquanto temos tempo", conclui a geriatra.
Confira abaixo os cinco maiores arrependimentos, segundo Bronnie Ware:
- Eu gostaria de ter tido coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim
- Eu gostaria de não ter trabalhado tanto
- Eu gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos
- Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos
- Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz