Publicidade

Estado de Minas CURIOSIDADE

Pesquisadores criam formulário capaz de "prever a morte"

Com perguntas variadas, é possível saber quais as chances de se morrer daqui a cinco anos, para quem tem entre 40 e 70 anos


postado em 02/07/2015 13:47 / atualizado em 02/07/2015 13:59

O hábito de fumar, segundo o questionário do projeto UbbLE, é o principal fator que leva à morte num espaço de cinco anos(foto: Pixabay)
O hábito de fumar, segundo o questionário do projeto UbbLE, é o principal fator que leva à morte num espaço de cinco anos (foto: Pixabay)
Se você tem entre 40 e 70 anos, gostaria de saber qual a possibilidade de morrer nos próximos cinco anos? Parece uma questão bem polêmica e angustiante, mas não para o projeto chamado UbbLE (UK Longevity Explorer), criado pelos pesquisadores suecos Andrea Ganna e Erik Ingelsson, da Uppsala University, da Suécia.

Para chegar ao polêmico questionário, eles usaram um banco de dados do governo inglês, que coletou informações de saúde e hábito de vida de 500 mil voluntários de 40 a 70 anos, entre 2006 e 2010. Foram feitos também exames de sangue, físico e biológico dessas pessoas. Com isso, os suecos usaram 655 variáveis que estavam associadas à possibilidade de morte num prazo de cinco anos.

Aqueles que querem saber se estão com a saúde em dia, podem preencher o questionário, em inglês, que consiste em 13 perguntas para homens e 11 pra mulheres. Ao final, é possível determinar o risco de morte nos próximos cinco anos – baseado no estilo de vida do Reino Unido.

As perguntas vão desde questões simples, como se você considera sua saúde ótima, boa, regular ou ruim, até outras curiosas, como se a pessoa é proprietária de veículos. Quem responde positivamente ao questionamento sobre hábito de fumar, por exemplo, tem as chance de morrer nos próximos cinco anos aumentada consideravelmente.

Por outro lado, quem possui mais de um carro tem sua longevidade elevada. Segundo os pesquisadores, isso se deve à melhor qualidade de vida, já que o poder aquisitivo estaria ligado à capacidade de se manter a saúde em dia.

Não leve tão a sério

Segundo Erik Ingelsson, um dos autores do estudo, apesar dos resultados serem importantes para se analisar o perfil de saúde da população, e serem 80% confiáveis, não se deve tomá-los como "certeza absoluta". "O fato de uma expectativa de vida poder ser medida num questionário breve, sem necessidade de testes no laboratório ou exames físicos, é uma descoberta animadora", afirma o pesquisador. "Mas, claro que o resultado traz um grau de incerteza e não pode ser visto como uma previsão determinante", completa.

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade