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Estado de Minas SAÚDE

Sabia que existe a pílula do dia seguinte contra a Aids?

O medicamento pode ajudar quem foi exposto ao vírus HIV e acabou de ser regulamentado pelo Ministério da Saúde, para que sua distribuição passe a ser mais generalizada


postado em 29/07/2015 10:23

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
A distribuição da pílula do "dia seguinte" contra a Aids  já está regularizada desde o dia 23 de julho. Publicada no Diário Oficial da União, todas as pessoas que tiverem enfrentando uma situação de risco de contágio do vírus HIV podem ter acesso aos medicamentos antiAids em qualquer serviço especializado.

As pílulas são distribuídas pelo SUS desde os anos 1990, mas a mudança é que, agora, o Ministério da Saúde decidiu unificar o atendimento. Não é necessário que um médico especialista no tratamento da Aids prescreva o remédio. O procedimento, agora, passa a ser o mesmo para todas as pessoas que enfrentam alguma situação de risco de contágio.

A profilaxia pós-exposição, como o tratamento é chamado, pode ser utilizada tanto para médicos e enfermeiros que tiveram contato com sangue de paciente, quanto para vítimas de violência sexual ou pessoas que tiveram relação íntima desprotegida.

Segundo o infectologista Estevão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, para o medicamento ter eficácia, ele deve ser consumido, no máximo, até 72 horas após a exposição ao vírus, e deve ser utilizado ao longo de 28 dias. "Com o uso da pílula, a chance de transmissão reduz a índices próximos de zero", afirma o especialista.

O infectologista destaca que, quanto antes a pessoa tomar o remédio, maior a chance de eliminar o vírus do organismo. "A Medicina já levantou a hipótese de buscar a cura da Aids por meio dessa pílula, mas ainda está na fase de estudos", conta Estevão Urbano.

Porém, a profilaxia do "dia seguinte" pode apresentar alguns efeitos colaterais como diarreia, náusea, vômito e gastrite. O infectologista afirma que uma medicação sintomática normalmente resolve o problema. "Raramente as pessoas têm que interromper o tratamento", completa o especialista.

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