O cometa Tchouri, onde se encontra a sonda europeia Rosetta, atinge, na quinta-feira, dia 13 de agosto, o ponto de órbita mais próximo do Sol, permitindo nova etapa na pesquisa sobre a origem da vida na Terra. Os cientistas esperam recolher partículas orgânicas deixadas pela formação do sistema solar e presas durante 4,6 bilhões de anos no gelo desse cometa.
Os cometas são pequenos corpos do sistema solar constituídos por um núcleo de gelo, materiais orgânicos e pedras, cercado de poeira e gás. Ao aproximarem-se do Sol, as camadas de gelo interiores transformam-se em vapor, provocando tempestades de gás e poeira e projetando partículas.
Se o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, batizado de Tchouri, passar por essa alteração, a sonda Rosetta, que orbita na sua proximidade, estará pronta para registrar quaisquer pistas de como o sistema solar foi formado.
"Este é o momento de maior ação", diz o conselheiro científico da Agência Espacial Europeia, Mark McCaughrean, à agência France Press, acrescentando que o momento oferece "a maior oportunidade para recolher material a fim de analisar, quando se procura espécies raras de moléculas”, especialmente componentes orgânicos.
"Queremos olhar para o material mais puro que poderá ser expelido” pelo interior da camada de pó de gelo, retirada da superfície, acrescenta.
A sonda Rosetta, lançada em março de 2004 e que orbita o cometa 67/P desde o ano passado, atingirá o seu ponto mais próximo do Sol (cerca de 186 milhões de quilômetros) na quinta-feira, antes de embarcar em mais uma órbita oval que durará 6,5 anos.
(com Agência Brasil e Agência Lusa)
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ASTRONOMIA
Cometa Tchouri e sonda Rosetta atingem ponto mais próximo do Sol
A proximidade com nosso Astro-Rei permitirá o degelo de parte do cometa, e, com isso, os cientistas esperam poder analisar como foi formada a vida na Terra
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