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Estado de Minas AVIAÇÃO

Encontrados mais destroços de avião próximos à ilha Reunião

Apesar dos novos objeto encontrados no mar, ministro malaio diz que ainda não se pode associá-los ao Boeing 777 do voo MH370, desaparecido no ano passado


postado em 06/08/2015 09:45

Desta vez, autoridades francesas encontraram muitos pedaços de avião no mar próximo à ilha Reunião, no oceano Índico(foto: Agência Lusa/Observador.pt/Reprodução)
Desta vez, autoridades francesas encontraram muitos pedaços de avião no mar próximo à ilha Reunião, no oceano Índico (foto: Agência Lusa/Observador.pt/Reprodução)
Almofadas de assentos e janelas de avião foram encontrados ao largo da ilha da Reunião, onde foi detectado, há cerca de uma semana, um fragmento da asa do avião da Malaysia Airlines desaparecido há mais de um ano.

"Também encontramos destroços como janelas, chapas de alumínio e almofadas de assentos”, diz o ministro dos Transportes da Malásia, Liow Tiong Lai, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta, dia 6 de agosto. O ministro adianta, no entanto, que falta ainda confirmar se estes destroços também pertencem ao MH370. “Há pequenas peças, mas não podemos confirmar que sejam do MH370. Isso tem de ser feito pelas autoridades francesas”, afirma.

Horas antes, o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, pôs fim aos 17 meses de espera por provas materiais do avião ao anunciar que uma equipe de peritos internacionais confirmou que a parte de asa encontrada em Reunião pertencia ao Boeing 777 acidentado.

O avião desapareceu sobre o oceano Índico em 8 de março de 2014, 40 minutos depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim, com 239 pessoas a bordo, a maioria de nacionalidade chinesa.

Em Pequim, familiares de vítimas do acidente manifestaram desconfiança e irritação com o anúncio feito pela Malásia e juntaram-se frente aos escritórios da Malaysia Airlines na capital chinesa para pedir explicações.

"Não acredito nesta última informação sobre o avião, eles mentem desde o princípio", diz Zhang Yongli à agência France Presse, cuja filha viajava no MH370. "Sei que a minha filha está em algum lugar, mas não nos dizem a verdade", acrescenta o homem.

Num comunicado escrito à mão e colocado em uma rede social chinesa, alguns familiares de vítimas manifestaram "sérias dúvidas" quanto às últimas informações e exigiram um encontro com um representante do governo malaio.

Os peritos franceses que analisaram os destroços encontrados em Reunião afirmaram que há "uma probabilidade muito alta" de pertencerem ao MH370. Wen Wancheng, pai de uma das vítimas, destaca a "grande cautela" dos peritos franceses e o fato de ainda não terem "tirado uma conclusão" absoluta.

“Como é que se pode chegar à conclusão precipitada de que o avião caiu com base numa única peça? Pode ser de outro avião”, afirma.

(com Agência Brasil e Agência Lusa)

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