Publicidade

Estado de Minas SAÚDE

Alopécia areata: quando a queda de cabelo vira doença

Dermatologista explica como identificar os sintomas desse sério problema, que pode afetar também outros pelos do corpo


postado em 04/09/2015 08:30 / atualizado em 04/09/2015 14:33

Segundo a dermatologista, a alopécia traz problemas apenas estéticos, e pode ser revertida, já que não mata os poros capilares(foto: Onlinedermclinic.com/Reprodução)
Segundo a dermatologista, a alopécia traz problemas apenas estéticos, e pode ser revertida, já que não mata os poros capilares (foto: Onlinedermclinic.com/Reprodução)
O casamento entre Ellie Baker e seu noivo Daniel estava prestes a acontecer. Poucos dias antes da cerimônia, a cabelereira britânica vivenciou uma situação dramática após sair do banho. Inexplicavelmente, ela havia perdido uma grande quantidade de seus cabelos, deixando totalmente exposta uma área do couro cabeludo.

Após o susto, Ellie procurou imediatamente um médico e foi diagnosticada com uma doença chamada alopécia areata, que é conhecida exatamente por fazer cair os cabelos.

Segundo a dermatologista Ana Cláudia Soares, da Sociedade Brasileira de Dermatologia de Minas Gerais, além dos cabelos, a doença pode causar a perda de outros pelos do corpo, como cílios e sobrancelhas. Ainda de acordo com a médica, a alopécia é considerada rara e suas causas permanecem desconhecidas. "O que sabemos, por enquanto, é que se trata de uma doença autoimune, ou seja, é o próprio sistema imunológico que ataca o organismo", explica a especialista.

Sobre os sintomas, a dermatologista diz que o corpo não dá outros sinais além da queda localizada de cabelos ou pelos. Os efeitos são apenas estéticos e o diagnóstico é feito com base em duas características: pele totalmente lisa no local da perda e, no caso dos cabelos, a área é visivelmente arredondada.

Apesar do efeito assustador, o tratamento da alopécia é simples, segundo Ana Cláudia Soares. "Na maioria dos casos, injetamos um medicamento corticoide no local, por meio de uma agulha bem fina, e o paciente quase não sente dor. Se for uma área muito grande ou sensível, o tratamento pode ser realizado via comprimidos", esclarece a dermatologista. "A doença não mata os poros capilares, portanto, a defasagem de pelo ou cabelo é completamente reversível, e pode ocorrer até mesmo de forma espontânea", completa a especialista.

Mesmo com causas ainda desconhecidas, a médica explica que fatores como o estresse podem ser os responsáveis por desencadear a doença em pessoas que têm predisposição genética.

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade