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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Após atitude racista em Londrina, uma senhora dá exemplo de civilidade

Um senegalês foi vítima desse ato hediondo, mas acabou sendo 'consolado' por uma transeunte, que numa atitude exemplar, pediu desculpas pelo crime cometido por outra pessoa


postado em 11/09/2015 10:02

Após testemunhar um ato racista contra imigrante senegalês, uma senhora em Londrina decide pedir desculpas, numa atitude exemplar(foto: YouTube/Reprodução)
Após testemunhar um ato racista contra imigrante senegalês, uma senhora em Londrina decide pedir desculpas, numa atitude exemplar (foto: YouTube/Reprodução)
Quem nunca ouviu dizer que o racismo não existe no Brasil? Claro que isso não procede. São inúmeros os casos desse crime registrados no Brasil. O mais recente aconteceu na cidade de Londrina, no Paraná, no dia 9 de setembro. O senegalês Ngale Ndiaye, que trabalha vendendo bijuterias em frente a um shopping no centro da cidade, foi chamado de "macaco" e agredido por uma mulher, que chegou até a jogar bananas contra ele. Segundo familiares e atendentes do Samu, a paranaense sofre com esquizofrenia. Mas, o que chamou a atenção não foi apenas o crime hediondo registrado em Londrina, e sim, a atitude de uma senhora que passava pelo local.

Identificada apenas como dona Graça, a mulher que presenciou o ato de racismo não pensou duas vezes antes de "consolar" o senegalês. No vídeo amador divulgado na internet, ela diz que sente muito e pede desculpas pelo ato cometido pela conterrânea. Após falar para ele não ficar magoado, pois "nem todos os brasileiros são assim", pergunta se pode dar um abraço.

Confira abaixo o vídeo emocionante:


A mulher que cometeu o crime não poderá responder judicialmente, já que é considerada incapaz. Nesse caso, seus familiares terão de ser responsabilizados no processo criminal. Em entrevista ao site Bonde, Ngale Ndiaye conta que não entendia o que a mulher estava falando, e que tentou dizer isso a ela, mas não conseguiu, já que não domina a língua portuguesa.

O imigrante explica que precisa trabalhar para enviar dinheiro para os pais, a mulher e os filhos, que continuam vivendo em Senegal.

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