Segundo a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), todos os preparativos para o envio de uma missão tripulada a Marte seguem normalmente, e a expectativa é de que a viagem seja feita num futuro não tão distante: até os anos 2030.
"Nós estamos num momento importante do processo de envio de humanos a Marte, em relação a toda a história da Nasa. Temos muito trabalho a fazer, mas chegaremos lá", diz Charles Bolden, diretor da Nasa, em entrevista para o site Space.com.
O trabalho a que ele se refere inclui o desenvolvimento de foguetes e de espaçonaves que possam garantir a ida e o retorno dos astronautas ao Planeta Vermelho. Nesse sentido, a agência já está testando a chamada nave de sistema de lançamento espacial. Vale lembrar que a menor distância entre a Terra e Marte é de 92 milhões de quilômetros, o que necessita uma viagem de quatro anos para ser completada (usando a tecnologia atual).
De acordo com os planos da Nasa, em 2020 deverá ser lançado um foguete que carregará o experimento Moxie (Mars Oxygen ISRU), que terá como função transformar o dióxido de carbono da fina atmosfera marciana em oxigênio. Se isso der certo, os astronautas, nos anos 2030, terão um ambiente salubre para trabalhar, as plantas poderão florescer e os foguetes terão combustível para realizar a viagem de volta à Terra.
"Nós vamos fazer oxigênio em outro planeta, pela primeira vez na história. Esses experimentos são reais, existem", conta Dava Newman, representante da Nasa, ao site Space Reporter.

Ficção
A ida ao Planeta Vermelho será, novamente, tema de um filme de Hollywood. Dirigido por Ridley Scott, The Martian (Perdido em Marte), estreia em outubro no Brasil, e traz Matt Damon como o astronauta Mark Watney, que fora considerado morto pela Nasa, mas que, após contatar a agência, precisa conseguir sobreviver por quatro anos, até que uma equipe de resgate possa retirá-lo de Marte.
"Eu não confio no Congresso a ponto de lhes dar dinheiro para fazer com que isso [ida a Marte] aconteça. Eu sou meio conservador", diz o escritor Mark Watney, autor do livro que deu origem ao longa-metragem, em entrevista ao Space.com. Para ele, o homem só chegará ao Planeta Vermelho em 2050.
(com The Huffington Post)