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Estado de Minas INTERNACIONAL | VEÍCULOS

Qual a origem da frota de caminhonetes do Estado Islâmico?

Jornalista português questiona as dezenas de Hilux que são exibidas nos 'desfiles' do grupo terrorista


postado em 17/11/2015 14:01

Jornalista português levanta a discussão sobre a origem das inúmeras caminhonetes da Toyota em poder do Estado islâmico(foto: Sabado.pt/Reprodução)
Jornalista português levanta a discussão sobre a origem das inúmeras caminhonetes da Toyota em poder do Estado islâmico (foto: Sabado.pt/Reprodução)
Quem acompanha as "propagandas" feitas pelo Estado Islâmico (EI) com o poderio militar do grupo terrorista já deve ter percebido que nas imagens dos "desfiles" sempre aparecem inúmeras caminhonetes do modelo Hilux, da montadora japonesa Toyota. O jornalista português Nuno Paixão Louro, do jornal Sábado, levanta a dúvida sobre a origem desses veículos.

Segundo o repórter, a versão oficial sobre a origem das caminhonetes do EI diz respeito a 43 Hilux que teriam sido fornecidas pelos Estados Unidos aos rebeldes sírios da Frente al-Nusra, contrários ao governo de Bashar al-Assad, em 2014, mas, de alguma forma, acabaram nas mãos do grupo terrorista. "Ou seja, os contribuintes americanos acabaram por patrocinar o transporte aos mesmos fundamentalistas que querem ser os seus carrascos", diz Nuno Paixão Louro.

Além disso, o jornalista lembra que, oficialmente, teriam sido entregues 43 veículos, mas, como explicar as centenas de caminhonetes que aparecem nas imagens dos "desfiles" feitos pelo Estado Islâmico? É possível distinguir cores e modelos diferentes, o que causa ainda mais estranhamento. Outra dúvida: se os carros são "ferramentas" de guerra, porque sempre aparecem em bom estado?

Nuno Paixão Louro lembra que as caminhonetes da Toyota são muito usadas por grupos insurgentes na África e na Ásia, por serem resistentes, permitirem a inclusão de acessórios, serem capazes de carregar grandes volumes e, ainda, serem de fácil manutenção. "Será que a Toyota vai querer continuar a ver a sua marca associada a todas as atrocidades praticadas pelo EI, ou acabará por sacrificar o Hilux, retirando-o do mercado?", questiona o jornalista português.

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