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Estado de Minas MEIO-AMBIENTE

Sisema diz que barragem da Samarco estava regular

Segundo o órgão, a Barragem do Fundão estava em dia com a auditoria de segurança


postado em 06/11/2015 12:38

As barragens do Fundão e de Santarém, pertencentes à mineradora Samarco, romperam por volta das 16h30 do dia 5 de novembro(foto: GloboNews/Reprodução)
As barragens do Fundão e de Santarém, pertencentes à mineradora Samarco, romperam por volta das 16h30 do dia 5 de novembro (foto: GloboNews/Reprodução)
O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Sisema) informa nesta sexta, dia 6 de novembro, que a Barragem do Fundão estava regular e foi inspecionada por um auditor especialista em segurança de barragens. "De acordo com o programa de auditoria de segurança de barragem da Fundação Estadual de Meio Ambiente, a Barragem do Fundão estava com estabilidade garantida pelo auditor. O último relatório foi apresentado em setembro de 2015", informa o Sisema.

A Samarco teve a licença de operação concedida em 29 de outubro de 2013, com validade até 29 de outubro de 2019.

O Sisema – composto pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Instituto Estadual de Florestas, Instituto Mineiro de Gestão das Águas e Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) – afirma, no entanto, que para garantir a estabilidade é necessário que a empresa se responsabilize pela manutenção contínua da segurança. "Uma das exigências da Feam é que a auditoria seja realizada por um auditor especialista em segurança de barragem, que não pertença aos quadros da empresa, no caso, a Samarco S.A.".

Procurada pela Agência Brasil, a Samarco ainda não deu infomações sobre a manutenção no local. Ontem (5), a empresa divulgou nota informando que não era possível ainda saber as causas do rompimento e que a prioridade era o atendimento às vítimas. "A organização está mobilizando todos os esforços para priorizar o atendimento às pessoas e a mitigação de danos ao meio ambiente", diz a nota da mineradora.

As barragens do Fundão e de Santarém, pertencentes à empresa, romperam ontem por volta das 16h30 e inundaram a região com lama, rejeitos sólidos e água usados no processo de mineração. Barragens como essas são feitas para reter os resíduos sólidos e água dos processos de mineração. O rejeito é material que deve ser armazenado para proteção do meio ambiente.

Várias casas do distrito de Bento Rodrigues, zona rural a 23 quilômetros de Mariana, foram alagadas e há riscos de desmoronamentos. Ainda não é possível confirmar as causas e a extensão do ocorrido. O Ministério Público de Minas Gerais instaurou inquérito para investigar as causas do acidente e responsabilidades no caso.

(com Agência Brasil)

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