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Estado de Minas ASTRONOMIA

Nasa desvenda 'maior mistério' do Sistema Solar de 2015

A Agência Espacial Norte-Americana explica o que são os pontos brilhantes do planeta anão Ceres


postado em 11/12/2015 10:46 / atualizado em 11/12/2015 13:57

O brilho gerado pelas crateras de impacto no planeta anão Ceres, como o da Occator, que é a maior delas, se deve às partículas em suspensão que refletem a luz solar (foto: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA/Divulgação)
O brilho gerado pelas crateras de impacto no planeta anão Ceres, como o da Occator, que é a maior delas, se deve às partículas em suspensão que refletem a luz solar (foto: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA/Divulgação)
Quando fotos recentes do maior planeta anão do Sistema Solar, Ceres, que fica no cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter, apresentaram pontos luminosos em sua superfície, deixaram a comunidade científica intrigada. Logo esse fato virou um verdadeiro "mistério" da astronomia em 2015. Mas, agora, a Nasa acredita ter achado uma explicação para esse "misterioso" brilho.

Segundo astrônomos da agência espacial, em entrevista à revista Nature, os pontos luminosos indicam locais de impactos de corpos celestes que, ao se chocarem contra a superfície de Ceres, perfuraram de forma profunda a camada de água salgada congelada. O diâmetro da área de impacto de Occator, que é a maior delas, chega a 90 km – para se ter uma ideia, o planeta tem 950 km de raio.

As imagens feitas pela sonda espacial Dawn, da Nasa, mostram cerca de 130 pontos brilhantes no planeta anão. O brilho é causado pelo vapor de água gerado pelo gelo que sofre sublimação (passa diretamente do estado sólido para gasoso). A mistura de partículas de gelo e pó (ou sal)  em suspensão fomam uma espécie de névoa, que reflete a luz do Sol.

"Nós dissemos: 'Uau, o que é isso?'. Não esperávamos algo assim. A reflexividade estava em nível 0.25, ou seja, cerca de 25% da luz se refletia. E no centro, no núcleo interno [das manchas de Occator], chegava a 50% ou 60%. Enquanto a superfície restante era bem mais escura, com média de 9% de reflexividade", diz o pesquisador Andreas Nathues, do Instituto Max Planck, da Alemanha, à rede de televisão britânica BBC.

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