Publicidade

Estado de Minas ECONOMIA

Meirelles diz que governo ainda não decidiu sobre volta da CPMF

Novo ministro da Fazenda lembra que qualquer decisão sobre impostos ainda é prematura


postado em 17/05/2016 14:45

"A nossa prioridade é conhecer a real situação dos números e, a partir daí, tomar as medidas necessárias", diz Henrique Meirelles, ministro da Fazenda de Michel Temer (foto: José Cruz/Agência Brasil/Divulgação)
Segundo o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, ainda não existe uma decisão sobre a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) ou de qualquer outro tributo. Segundo ele, qualquer decisão sobre impostos é prematura antes de o governo conhecer os dados reais das contas públicas.

"Conhecer os números e a abrangência de reformas e mudanças estruturais. A nossa prioridade é conhecer a real situação dos números e, a partir daí, tomar as medidas necessárias administrativamente", diz o ministro, em coletiva de imprensa nesta terça, dia 17 de maio, após a apresentação da nova equipe econômica do governo de Michel Temer. O próximo passo, segundo ele, é encaminhar ao Congresso Nacional outras medidas.

O ministro da Fazenda reafirma que o nível da tributação no Brasil é muito elevado para padrões de países emergentes. Enfatiza que a prioridade é o equilíbrio das contas públicas e a sustentabilidade do estado. "Pretendemos a recuperação da confiança visando retomar o crescimento o mais rápido possível e criar emprego o mais rápido possível. Porque aí, nós entramos em outro ciclo. De criação de emprego na medida que isso vai certamente gerar também aumento da atividade, aumento da arrecadação, do consumo. O que faz com que toda essa equação seja mais factivelmente resolvida", esclarece Meirelles.

Desemprego

Na entrevista coletiva o ministro diz ainda que, se nenhuma medida fosse tomada para melhorar a trajetória da dívida pública, a evolução da confiança e para reverter a contração da economia, a taxa de desemprego poderia chegar a 14%.

Sobre a divulgação do relatório de receita e despesas, que terá que ser anunciado até a próxima sexta-feira (20) pelo governo, o ministro não antecipou números ou o tamanho do contingenciamento necessário para cumprir a meta fiscal.

O relatório é divulgado bimestralmente em cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, com base nas receitas federais e das despesas primárias, bem como da evolução dos parâmetros macroeconômicos.

"Certamente, na data, nós teremos mais informações do que agora. Serão longos dias aí, portanto, com um maior volume de informações possíveis. Os prazos serão respeitados", finaliza Henrique Meirelles.

(com Agência Brasil)

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade