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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Tipo de família não interfere na felicidade das crianças, diz pesquisa

Os filhos levam mais em conta o bom relacionamento entre as pessoas


postado em 23/05/2016 15:39

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Uma pesquisa realizada na Inglaterra em 2014 mostra que não é a formação do núcleo familiar, em si, o fator essencial para garantir a felicidade de uma criança, mas, sim, a qualidade das relações entre ela e seus responsáveis.

Embora o estudo tenha sido realizado em um país europeu, algumas questões levantadas podem servir à nossa realidade. O que a pesquisa detectou é que crianças que vivem com um pai, com dois pais, com uma mãe ou com o padrasto podem ser tão ou mais felizes que meninos e meninas nascidos e criados em famílias de "composição tradicional".

Segundo Jennt Chandreau, da equipe NatCen Social Research, responsável pela realização do estudo, no artigo de apresentação da pesquisa, "é a qualidade dos relacionamentos em casa que importa, e não a composição familiar".

A crianças de 7 anos que foram entrevistadas e que declararam ter uma boa relação com os irmãos, divertindo-se com a família nos finais de semana, com pai, madrasta ou outro responsável cuidando delas sem uso de violência física ou verbal, disseram que se sentiam felizes o tempo todo.

Os pesquisadores analisaram dados coletados de 13 mil crianças britânicas de 7 anos, que participaram de uma pesquisa em 2008. Não houve diferença significativa nos níveis de felicidade entre as crianças em três situações parentais diferentes: um pai biológico e padrasto; dois pais biológicos; ou residindo com um único pai.

No geral, 36% das crianças disseram que estavam felizes o tempo todo e 64% afirmaram que se sentiam felizes às vezes ou nunca. O que também foi percebido é que a felicidade dos pequenos sofre forte influência das relações com outras crianças, na escola.

A equipe NatCen também analisou dados colhidos em entrevistas com 2,7 mil crianças britânicas entre 11 a 15 anos e encontraram resultados semelhantes aos das crianças mais novas.

(com Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e Portal EBC)

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