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Estado de Minas CIDADES

Zoo de BH investe no enriquecimento ambiental para melhorar a qualidade de vida dos animais

Processo consiste em deixar o ambiente mais parecido com o habitat original da espécie


postado em 10/05/2016 09:38

Com o enriquecimento ambiental, animais são levados a agirem de forma mais natural, deixando seus recintos do zoológico de BH parecidos com o habitat original deles(foto: Teiaorganica.com.br/Divulgação)
Com o enriquecimento ambiental, animais são levados a agirem de forma mais natural, deixando seus recintos do zoológico de BH parecidos com o habitat original deles (foto: Teiaorganica.com.br/Divulgação)
A criação de um ambiente mais estimulante, com desafios e novidades, que simula condições naturais que proporcionam melhor qualidade de vida para as diferentes espécies que fazem parte do acervo do jardim zoológico da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (FZB-BH) é o objetivo do enriquecimento ambiental, técnica voltada para estimular comportamentos naturais dos animais, garantindo seu bem-estar.

Com o enriquecimento ambiental é possível minimizar os efeitos da vida em cativeiro por meio da utilização de estímulos no ambiente em que o animal se encontra. Esses estímulos devem ser compatíveis com o comportamento de cada espécie e devem também atender particularidades de cada indivíduo, levando em consideração as diferentes idades e problemas de saúde que podem ocorrer dentro de um grupo.

Bióloga e responsável pela área de bem-estar animal do zoológico de BH, Cynthia Cipreste explica que o enriquecimento ambiental consiste na utilização de estímulos sensoriais (gustativos, olfativos, táteis e auditivos), sociais, cognitivos (de aprendizagem) e estruturais (alterações no mobiliário dos recintos) para possibilitar que os animais tenham hábitos mais próximos dos naturais a partir da exploração do ambiente onde vivem, da busca e da obtenção de seus alimentos e da marcação territorial, entre outros fatores.

De acordo com Cynthia, a atividade é feita, por exemplo, com a introdução de frutas ou de carnes escondidas no recinto ou colocadas em recipientes que dificultam a sua aquisição, simulando situações encontradas na natureza, além da colocação de galhos repletos de folhas saborosas ou de castanhas e outros alimentos atrativos. Esses e outros estímulos utilizados deixam o animal mais ativo e com maior diversidade comportamental, sendo também uma ótima ferramenta para trabalhar a educação ambiental com o público.

Vale ressaltar que a exibição de maior diversidade comportamental é um bom indicativo de que os animais conseguem responder e se adaptar às diferentes fontes de estresse e que consequentemente apresentam bom nível de bem-estar.

(com Ascom da PBH)

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