Publicidade

Estado de Minas CURIOSIDADE

Que tal um perfume com cheiro de cometa?

Parece coisa de 1º de abril, mas não é. O inusitado aroma estará disponível em julho, na Inglaterra


postado em 24/06/2016 10:15

O cometa 67P Tchourioumov-Guérassimenko, descoberto em 1969, acaba de virar um aroma de perfume, que poderá ser experimentado pelos ingleses em julho(foto: ESA/Rosetta NavCam/Divulgação)
O cometa 67P Tchourioumov-Guérassimenko, descoberto em 1969, acaba de virar um aroma de perfume, que poderá ser experimentado pelos ingleses em julho (foto: ESA/Rosetta NavCam/Divulgação)
Especialistas da perfumaria britânica The Aroma Company acabam de criar um perfume nada comum. Esqueça essências tradicionais como patchouli, bergamota, vetiver, sândalo ou rosa. A nova fragrância foi desenvolvida a partir de um pedido feito por cientistas europeus que participaram da missão que enviou a sonda espacial Rosetta a Júpiter, e trata-se da reprodução do cheiro do cometa chamado 67P Tchourioumov-Guérassimenko – ele foi descoberto em 1969.

Segundo informa o portal de notícias científicas New Scientist, as amostras desse inusitado perfume, que, por enquanto, não será disponibilizado no comércio, serão distribuídas na exposição da Real Sociedade Astronômica de Londres, na Inglaterra, em julho deste ano.

Mas, como criar um cheiro baseado num cometa? Isso é possível porque, em 2014, os cientistas conseguiram descobrir que a cauda do 67P Tchourioumov-Guérassimenko contém vapor de água, dióxido de carbono, amônia, metano, sulfeto e cianeto de hidrogênio, dióxido de enxofre, formaldeído e dissulfeto de carbono. O problema é que, na prática, muitos desses componentes químicos não são nada agradáveis para o olfato.

"Um perfume feito do 67P seria muito forte, com odor de ovos podres, estábulo, e um pungente e sufocante cheiro de formaldeído. Tudo isso misturado com o fraco, azedo e amendoado aroma de cianeto de hidrogênio. Adicione um pouco de álcool, o aroma acre do dióxido de enxofre e um leve toque doce do sulfeto de carbono e terá um 'perume' de cometa", comenta Kathrin Altwegg, pesquisadora responsável pelas análises iônicas da Rosetta, em texto publicado no blog da Agência Espacial Europeia.

(com Agência Sputnik)

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade