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Estado de Minas ECONOMIA

Saiu o 1º lote de restituição do IRPF. O que fazer com o dinheiro?

Especialista dá dicas para quem quer evitar o consumismo e pensa em investir


postado em 08/06/2016 08:47 / atualizado em 10/06/2016 09:15

De acordo com o educador financeiro, quem não tem dívidas para pagar com o dinheiro da restituição do IRPF 2016, o melhor é investir(foto: Pixabay)
De acordo com o educador financeiro, quem não tem dívidas para pagar com o dinheiro da restituição do IRPF 2016, o melhor é investir (foto: Pixabay)
Nesta quarta, dia 8 de junho, a Receita Federal libera a consulta ao 1º lote de restituições do Imposto de Renda 2016. O crédito será liberado a partir do dia 15 de junho. Ao todo, serão pagos R$ 2,65 bilhões a 1,61 milhão de contribuintes. Para quem se encontra entre os primeiros beneficiados, a questão é: o que fazer com o dinheiro?

Por ser um ganho extra, é muito comum que as pessoas utilizem-no de forma desordenada, apenas saciando os impulsos consumistas. Contudo, para o educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educação Financeira (Abefin), é importante ficar atento para não desperdiçar essa chance de ajustar a economia pessoal.

"A primeira preocupação das pessoas deve ser com as dívidas. Quem estiver com financiamentos ou dívidas no cheque especial ou no cartão de crédito, deve estabelecer uma estratégia para eliminar o problema. Essas dívidas devem ser as primeiras a serem combatidas, já que as taxas de juros são mais altas do que a lucratividade de qualquer aplicação segura", esclarece Reinaldo.

Entretanto, o presidente da Abefin alerta que é fundamental negociar essas contas antes de pagar, reduzindo ao máximo os juros e as multas. "O contribuinte também deve ter em mente que é hora de combater as causas das dívidas e não o efeito, e isso só se faz com educação financeira", completa.

Já para os contribuintes que não têm dívidas, o especialista recomenda investir o dinheiro, mas é importante que o investimento esteja atrelado aos objetivos das famílias, caso contrário, o retorno poderá não ser tão interessante, causando até prejuízos.

Onde investir

Por mais que os números mostrem um tipo de investimento como vantajoso, vários fatores devem ser avaliados antes dessa decisão, dentre os quais está o comportamento do mercado, que pode mudar de rumo com o passar dos anos e, também, deve-se levar em conta os sonhos e objetivos que se quer atingir com o dinheiro investido.

Investir apenas na linha que, aparentemente, tem a maior rentabilidade pode ser uma armadilha, levando até mesmo a prejuízos, explica Reinaldo Domingos. Para quem tem interesse em investimentos de curto prazo, ou seja, aqueles que se pretende realizar em até um ano, o especialista diz que é interessante aplicar em caderneta de poupança, pois, quando necessitar, terá a disponibilidade de retirar sem pagar taxas, imposto de renda ou perder rendimentos.

Já os "sonhos" de médio prazo abrangem um período de um a 10 anos. São aqueles que não ocorrem imediatamente, mas conseguimos visualizar a realização em um período não tão longo. Para estes são interessantes linhas que tenham prazos pré-estabelecidos no período do sonho a ser realizado. Dentre as opções, Reinaldo recomenda tesouro direto, CDB, fundos de investimentos, título do tesouro e ouro. Neste caso, o melhor é pesquisar em, pelo menos, três instituições financeiras de grande porte.

Por fim, temos os investimentos de longo prazo, que são aqueles que a maioria das pessoas acredita que não irá realizar por representar algo muito distante, ou seja, acima de 10 anos. "Seja qual for o seu sonho, ele é factível de ser realizado, no entanto, é preciso perseverança e começo imediato. Para estes sonhos, recomendo investir em tesouro direto, previdência privada e ações. No caso de investimento em ações, o melhor é investir, no máximo, 20% do dinheiro total com essa finalidade, isto porque existe grande risco, já que depende do desempenho da empresa na qual investe", afirma Reinaldo Domingos.

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