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Estado de Minas ESPORTE

Relação entre o Atlético-MG e a Dryworld está abalada?

Fornecedora de material esportivo do Galo estaria atrasando a entrega dos uniformes; fabricando alguns deles com defeitos; e ainda enfrentaria uma crise financeira


postado em 01/09/2016 08:24

Torcedores estranharam o Atlético-MG jogando com o uniforme todo branco contra a Ponte Preta, no dia 24 de agosto. Fornecedora de material esportivo do clube, a Dryworld, estaria com problemas(foto: Bruno Cantini/Atlético/Divulgação)
Torcedores estranharam o Atlético-MG jogando com o uniforme todo branco contra a Ponte Preta, no dia 24 de agosto. Fornecedora de material esportivo do clube, a Dryworld, estaria com problemas (foto: Bruno Cantini/Atlético/Divulgação)
O atleticano deve estar com saudade de ver o time jogar com o tradicional uniforme: camisa listrada em preto e branco e calção preto. Nas últimas três partidas, o Galo atuou com a coleção número 2, completamente branca. O último confronto, diante do Grêmio, no Rio Grande do Sul, já era de se esperar o uso do uniforme diferenciado, mas, nos jogos contra Atlético-PR e Ponte Preta, com mandos de campo da equipe mineira, o fato chamou a atenção da torcida e da mídia.

Na partida contra o Furacão, no Independência, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, no dia 21 de agosto, a assessoria de imprensa do Atlético-MG alegou que a equipe preferiu jogar de branco por conta do calor, já que o confronto ocorreu às 11h. Ironicamente, Belo Horizonte registrou um dia nublado naquela ocasião.

No compromisso seguinte, diante da Ponte Preta, no Mineirão, pela Copa do Brasil, no dia 24 de agosto, o Galo voltou a atuar de branco, desta vez, às 21h45. A justificativa da assessoria atleticana é de que o clube paulista pediu aos donos da casa para estrear o uniforme número 3, predominantemente preto.

Porém, uma fonte de dentro do Atlético, ouvida pela Encontro, informou que o motivo da troca de uniformes seria o atraso da empresa canadense Dryworld em fornecer a camisa principal para os jogos. O clube também teria recebido algumas peças com erros, como, por exemplo, o nome do volante Rafael Carioca, que teria sido grafado como "Rafael Careoca".

Dryworld confirma atraso

O atual membro do conselho da Dryworld na América do Sul, Edson Campagnolo, fundador da Rocamp (empresa têxtil com sede no Paraná adquirida pela canadense), admitiu que houve atraso no repasse do uniforme principal, mas afirma que o problema está sendo resolvido.

"Ainda não foi feita a entrega física, mas a fabricação e a logística já estão solucionadas. Nós vamos conseguir manter o clube abastecido com seu uniforme", sustenta o representante. Ele garante que no próximo compromisso atleticano, no dia 7 de setembro, contra o Vitória, o clube já estará com o material completo.

Questionado, o Atlético, por meio da assessoria de imprensa, reconhece que o fornecimento da empresa canadense não tem sido adequado, mas reitera que a escolha pelos uniformes brancos nas partidas em Belo Horizonte não teve qualquer relação com falta de material.

Histórico de problemas

Os problemas enfrentados pela Dryworld não são novidades. Desde que o Atlético anunciou o acordo de R$ 100 milhões, pelo prazo de cinco anos, com a fornecedora canadense de material esportivo, no início da temporada 2016, há uma desconfiança por parte do clube em relação à empresa, por ser a primeira investida dela no futebol.

A situação é tão séria que os jogadores das categorias de base do Atlético ainda estão disputando as competições com os uniformes da antiga fornecedora de material esportivo.

O problema mais grave, porém, é de ordem financeira. Além do contrato milionário com o Galo – o maior da história do clube –, a empresa canadense bancou parte da contratação do atacante Robinho; ajudou na permanência de Lucas Pratto; e ainda assinou um contrato vitalício com Luan. O momento financeiro da empresa, no entanto, é instável.

O representante da Dryworld, Edson Campagnolo, acredita que os problemas são decorrentes da falta de experiência no mercado do futebol. "Eles [diretores canadenses] procuraram seguir um planejamento próprio, ao invés de ouvir aqueles que têm mais experiência por aqui [Brasil]", conclui o empresário paranaense.

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