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Estado de Minas POLÊMICA

Sabia que 20 conselhos regionais de Medicina Veterinária apoiam a vaquejada?

Apesar de ser patrimônio cultural brasileiro, essa prática ainda divide opinião


postado em 21/12/2016 09:47

Apesar de ser uma prática esportiva polêmica, a vaquejada ganhou o apoio de 20 conselhos regionais de Medicina Veterinária do Brasil(foto: Secretaria de Turismo da Bahia/Creative Commons/Reprodução)
Apesar de ser uma prática esportiva polêmica, a vaquejada ganhou o apoio de 20 conselhos regionais de Medicina Veterinária do Brasil (foto: Secretaria de Turismo da Bahia/Creative Commons/Reprodução)
Após a aprovação da vaquejada e do rodeio como patrimônios culturais do Brasil, a polêmica envolvendo o uso de animais nessas duas práticas esportivas continua dividindo as opiniões dos brasileiros. Mesmo assim, 20 conselhos regionais de Medicina Veterinária se mostraram favoráveis à vaquejada, uma atividade realizada há mais de 100 anos, especialmente nos estados do nordeste do país.

De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha e com a Associação Brasileira de Vaquejada, os conselhos regionais de Medicina Veterinária da Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão, Sergipe, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Piauí, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Alagoas, Paraíba, Ceará, Rondônia, Acre, Amazonas, Tocantins e Espirito Santo apoiam oficialmente a vaquejada e as demais práticas equestres.

O consenso entre os apoiadores é de que a vaquejada precisa ser realizada de forma regulamentada, seguindo regras rígidas do bem-estar animal, que supostamente já são adotadas nas competições promovidas pelas duas associações e com equipamentos de proteção de todos os envolvidos no evento: boi, cavalo e vaqueiro.

De acordo com os procedimentos adotados hoje, durante a prova, o boi deve ser bem alimentado e ter comida e água à vontade. No local da pista de competição onde há desnível, deve ser colocado um "colchão" de areia com no mínimo 50 cm para amortecer a queda e proteger o animal de lesão óssea ou muscular. Outro ponto importante é a obrigatoriedade de uso de um protetor de cauda artificial que impede ferimento na hora em que o vaqueiro puxa o boi.

Vale dizer que a vaquejada e o rodeio ainda estão proibidos no Ceará por uma decisão do Supremo Tribunal Federal. POrtanto, apesar de serem considerados patrimônio culural do Brasil, essas práticas ainda aguardam a regulamentação, que pode ser feita pelas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) 50 e 270, de 2016, e pelo Projeto de Lei do Senado 377, de 2016.

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