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Estado de Minas INTERNACIONAL

Google, Starbucks, Uber e Airbnb declaram 'guerra' contra medida anti-imigrantes de Trump

As empresas prometem ajudar funcionários, que são imigrantes, e todos que forem afetados pelas medidas do atual presidente dos Estados Unidos


postado em 31/01/2017 10:31 / atualizado em 31/01/2017 10:40

Após Donald Trump ter sancionado as medidas que restringem a entrada de imigrantes nos Estados Unidos, empresas como Google Starbucks, Uber e Airbnb decidiram agir contra a intenção do presidente(foto: Instagram/whitehouse/Reprodução)
Após Donald Trump ter sancionado as medidas que restringem a entrada de imigrantes nos Estados Unidos, empresas como Google Starbucks, Uber e Airbnb decidiram agir contra a intenção do presidente (foto: Instagram/whitehouse/Reprodução)
Grandes empresas dos Estados Unidos, em especial a rede de cafeterias Starbucks, o gigante da internet Google, a empresa de caronas remuneradas Uber e o site de aluguel de quartos Airbnb, decidiram adotar políticas de apoio aos imigrantes. O tema ganhou destaque recentemente após a polêmica decisão do presidente Donald Trump de suspender a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos nos EUA por pelo menos 90 dias.

Segundo informações da agência italiana de notícias Ansa, a famosa cadeia de cafeterias Starbucks afirmou que empregará 10 mil refugiados em suas lojas em todo o mundo, e dará preferência, nos EUA, a imigrantes que serviram às Forças Armadas do país. "Existem mais de 65 milhões de cidadãos do mundo reconhecidos como refugiados pelas Nações Unidas e nós estamos desenvolvendo planos de contratar 10 mil deles em 75 países onde a Starbucks faz negócios", diz Howard Schultz, CEO da companhia.

"Nós somos todos obrigados a assegurar que nossos políticos eleitos nos ouçam individualmente e coletivamente. A Starbucks está fazendo a sua parte", completa Schultz, que ressaltou que fará seu melhor para que a empresa e seus funcionários não sejam afetados por outras medidas de Trump, como o aumento de impostos sobre produtos mexicanos.

Por sua vez, o Google também se mostrou indignado com as restrições apresentadas pelo mandatário republicano e anunciou que criou um fundo de US$ 4 milhões – dos quais US$ 2 milhões são oriundos de doações de funcionários da empresa –  destinado a quatro organizações que lidam com imigrantes: a American Civil Liberties Union, a Immigrant Legal Resource Center, o International Rescue Comittee e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

Em um comunicado aos funcionários, o CEO da companhia, Sundar Pichai, afirmou que altos executivos do Google também farão doações para o fundo. Além disso, Pichai pediu, na sexta-feira, dia 27 de janeiro, que todos os funcionários da empresa que possam ser afetados pelas medidas de Trump voltem imediatamente para os EUA e contatem a empresa para receber ajuda. Segundo o CEO, mais de 100 trabalhadores da empresa de tecnologia são atingidos pelo decreto do presidente norte-americano.

Já o Uber disse que criará um fundo de defesa legal de US$ 3 milhões para ajudar seus motoristas afetados por medidas de Trump relacionadas à imigração. O CEO da empresa, Travis Kalanick, disse que o Uber pressionará o governo dos EUA a devolver o direito de viajar de qualquer cidadão americano, independente da sua nacionalidade de origem. No entanto, muitos consideram hipócrita a decisão de Kalanick, já que ele se reunirá com Trump na sexta, dia 3 de fevereiro, para tratar de negócios.

A plataforma de hospedagem Airbnb informou no domingo (29), também por meio de seu CEO, Brian Chesky, que providenciará moradia gratuita para refugiados e para qualquer pessoa que não puder entrar nos EUA. "Nós temos 3 milhões de casas. Então, nós definitivamente podemos encontrar um lugar para essas pessoas ficarem", afirma Chesky, em nota oficial, ressaltando que impedir a entrada de pessoas como decidido por Trump "não está certo".

(com Agência Ansa e Agência Brasil)

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