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Estado de Minas ASTRONOMIA

Astrônomos descobrem buraco negro devorando 'vorazmente' parte de galáxia

Ele está há 11 anos 'comendo' os restos de diversas estrelas


postado em 09/02/2017 09:45

Astrônomos americanos encontraram um buraco negro que tem um
Astrônomos americanos encontraram um buraco negro que tem um "apetite voraz" e está consumindo diversas estrelas em uma galáxia (foto: Chandra X-ray Observatory Center/Nasa/Divulgação)
Astrônomos americanos encontraram, por acaso, um buraco negro incomum localizado na constelação de Virgem. Segundo os cientistas, ele engole quantidades exorbitantes de matéria. Essa descoberta faz parte de um estudo publicado na revista científica Nature Astronomy.

O pesquisador Dacheng Lin, da Universidade New Hampshire, em Durham (EUA), conta sobre esse achado curioso: "Testemunhamos a agonia 'excitante' e duradoura da estrela. Nos anos anteriores, estávamos buscando sinais e examinando dezenas de rupturas estelares, mas nenhum dos fenômenos era tão luminoso e demorado como esse", descreve o astrônomo.

Quando estrelas e outros objetos se aproximam do buraco negro recém descoberto, ele os engole, mas, por partes, lentamente, o que aumenta o brilho do corpo celeste ingeido. Esse fenômeno pode ser observado durante meses graças ao atraso gravitacional do tempo nos arredores do buraco negro.

Segundo Lin, a sua equipe descobriu por acaso um dos buracos negros mais extraordinários ao observar o conjunto de galáxias NGC 5813, na constelação de Virgem, localizada a bilhões de anos-luz da Terra. Com ajuda de telescópios, os pesquisadores encontraram uma outra galáxia, mais próxima do nosso planeta, chamada SDSS J1500+0154, que, atualmente, está na etapa conhecida como formação estelar. Um buraco negro relativamente pequeno se encontra no seu centro, e massa dele excede a da Terra "apenas" em um milhão de vezes.

A luminosidade especial desse buraco negro é o que mais está chamando a atenção dos astrônomos. Eles descobriram que o corpo celeste esteve ativo nos anos de 2011, 2008 e 2006 e que tem "almoçado" há mais de 11 anos os restos de estrelas "agonizantes".

(com Agência Sputnik)

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