SÃO PAULO (SP) – O ano automotivo no Brasil começou na segunda quinzena de fevereiro com o lançamento de um novo membro no segmento dos SUVs (utilitários esportivos). A iniciativa é da Renault com o Captur, que chega para concorrer na faixa mais concorrida do segmento, hoje disputado pelo Honda HRV, Jeep Renegade, Nissan Kicks, Ford Ecosport e Chevrolet Tracker, Hyundai Creta, entre outros.
O Captur oferecido ao consumidor brasileiro é similar ao que existe na Rússia, onde recebeu a grafia do nome iniciada com a letra "K" (Kaptur). Lá, como aqui, ele utiliza a mesma plataforma do Duster. Antes mesmo do questionamento, a Renault se adianta e garante que o Duster, quarto no ranking dos emplacamentos de 2016 (25.105 unidades), continua em produção e à venda no Brasil, disputando uma faixa abaixo à do Captur, que já começou a pré-venda e terá preços sugeridos entre R$ 78.900 e R$ 91.390.
O Captur, com a letra "C", existe na Europa desde 2013. Só que lá ele utiliza a plataforma do Clio, que é mais refinada, mas é também menor.
O fabricante informa que o projeto do Kaptur russo foi desenvolvido pela engenharia da Renault no Brasil e que a versão brasileira, apesar da mesma base do Duster tem apenas três componentes comuns. Ressalta ainda que a parte eletrônica do Captur brasileiro é totalmente diferente. O sistema ESP, de controle de estabilidade, por exemplo, será de série em todas as versões.
O novo SUV da Renault chega ao mercado com duas opções de motorização e três versões de acabamento. A primeira será equipada com motor de 1,6 l, 16 válvulas e potência de 120 cv com transmissão manual de seis velocidades ou, opcionalmente, CVT. Esta última chegará mais tarde. A versão mais cara (Intense) terá motor 2.0 com potência de 148 cv e o mesmo câmbio automático de quatro marchas que hoje equipa o Duster e o Oroch. A transmissão CVT, mais moderna só estará disponível, por enquanto, na versão com motor 1.6. Isso porque, segundo a Renault, a marca não possui transmissão CVT para esse motor 2.0, que é diferente do que propulsor equipa o sedã Fluence.
O material de divulgação do Kaptur russo enfatiza a tração 4x4. Essa opção, que caracteriza um off-road de verdade, no entanto não fará parte do pacote Captur no Brasil, pelo menos neste primeiro momento.
Os destaques do Captur estão no design, que segue tendência mundial da marca e no espaço interno, que, segundo a Renault, é o maior da categoria, tanto para os passageiros como para a carga. O Captur é alguns milímetros mais comprido que o Duster, tem porta malas mais espaçoso (437 l), que se equipara ao do Honda HRV. Além disso, possui uma altura do solo maior que a do Duster e traz de série rodas aro 17.
O Renault Captur, que na Europa existe há quatro anos, já está uma nova geração sendo planejada lá fora, segundo informações da imprensa automotiva europeia. A segunda versão do crossover europeu deverá fazer sua estreia no início de 2019, no Salão do Automóvel de Genebra. A nova geração do Captur europeu será construída em uma nova plataforma, que está sendo testada sob mula de teste usando a carroceria do atual Clio Estate. Ao que parece, a nova base é a modular CMF-B, destinada a produtos médios da aliança Renault-Nissan.
* Viajou a convite da Renault do Brasil
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Conheça o novo SUV da Renault, o Captur
Ele já existe na Europa e na Rússia. No Brasil foi criado sobre a plataforma do Duster
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