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Estado de Minas SAÚDE

Infarto afeta cada vez mais jovens no Brasil

Estresse, sedentarismo e maus hábitos são os principais fatores para um ataque cardíaco em menores de 40 anos


postado em 20/02/2017 10:18

Com a falta de atividade física e os maus hábitos, cada vez mais jovens estão sendo vítimas de ataques cardíacos(foto: Pixabay)
Com a falta de atividade física e os maus hábitos, cada vez mais jovens estão sendo vítimas de ataques cardíacos (foto: Pixabay)
Quando se fala em infarto agudo do miocárdio, o senso comum é que apenas os mais velhos podem ser acometidos pelo mal. Entretanto, com cada vez mais jovens, na faixa etária dos 20 aos 39 anos, especialmente quando expostos aos fatores de risco para doenças cardiovasculares, vêm sofrendo com ataques cardíacos.

Segundo dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, em 2013 houve um aumento de 13% no número de infartos entre adultos com até 30 anos. E apesar de o percentual de jovens que sofrem do quadro ser relativamente pequeno em relação à demais vítimas do problema, esse aumento revela hábitos não-saudáveis e que colocam em risco a vida das pessoas dessa faixa etária.

Estresse, obesidade, diabetes, tabagismo, hipertensão e colesterol fora de controle, além do histórico familiar da pessoa são fatores cada vez mais presentes na vida dos menores de 40 anos e são apontados como os grandes responsáveis pelo aumento das estatísticas. Além desses fatores, também contribuem para um risco elevado de ter um infarto a insuficiência renal crônica, o uso de drogas, como cocaína, crack e anabolizantes, e até mesmo doenças trombofílicas e autoimunes, como o lúpus.

Os sintomas de um ataque cardíaco nos jovens são diferentes dos que acometem os mais velhos. "Eles são mais visíveis, como dor no peito irradiando para os braços, sudorese fria, mal estar, náuseas e vômitos", explica Gustavo Trindade, cardiologista do hospital Samaritano de São Paulo. "No idoso, nem sempre esses sintomas são tão explícitos, podendo se manifestar por meio de falta de ar, desconforto torácico leve e necessita um grau de suspeição maior pelo profissional", complementa o médico.

O mais importante no infarto é o tempo entre o início dos sintomas e a desobstrução da artéria. "Quanto maior o tempo entre o início e o tratamento, maiores são as chances de sequelas", alerta o especialista. A principal delas é a morte das células do miocárdio, o músculo do coração, que pode acarretar insuficiência cardíaca. Arritmias e anginas também são muito comuns após um infarto.

Entretanto, em geral, em um caso sem complicações, o jovem que sofreu infarto recebe alta hospitalar em cinco dias, após os procedimentos de angioplastia e/ou colocação de stent. A rotina habitual volta cerca de 30 dias depois. "Mas, com acompanhamento de um cardiologista pelo resto da vida e um estilo de vida saudável, dieta pobre em sódio, carboidratos e gorduras, controle do colesterol, sem tabagismo, dentro do peso e praticando atividades físicas. A pessoa pode levar uma vida normal, mas deve fazer o uso correto das medicações e não se esquecer exames cardiológicos de rotina", orienta Gudtavo Andrade.

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