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Estado de Minas BRASIL

Jair Bolsonaro usa onda de violência no Espírito Santo para justificar a posse de arma pela população

O parlamentar fez uma transmissão ao vivo no Facebook e emitiu suas polêmicas opiniões


postado em 08/02/2017 14:02

"Isso serve para aquelas pessoas que defendem a desmilitarização das polícias militares", diz o deputado Jair Bolsonaro, em transmissão feita no Facebook, sobre a violência no Espírito Santo (foto: Facebook/Jair Bolsonaro/Reprodução)
O deputado federal Jair Messias Bolsonaro (PSC-RJ) fez uma transmissão ao vivo, em sua página oficial no Facebook, na segunda, dia 6 de fevereiro, para falar sobre a crise na segurança pública, que tomou conta do Espírito Santo e foi causada por uma greve da Polícia Militar (PM) do estado. Na publicação da rede social, o parlamentar faz um pedido ao governo capixaba para acelerar o acordo com os militares, que pedem reajuste salarial. Além disso, como não poderia ser diferente, Bolsonaro aproveitou o assunto para emitir algumas de suas opiniões polêmicas.

Desmilitarização

O deputado começa o vídeo dizendo que reconhece os problemas do Rio de Janeiro, estado pelo qual foi eleito para a Câmara Federal, mas, que também está preocupado com a situação do Espírito Santo. Em seguida, ele passa a criticar as pessoas que defendem a desmilitarização da PM.

Fazendo referência às imagens gravadas nos últimos dias em cidades capixabas, especialmente na capital Vitória, e que estão circulando nas redes sociais, Boslonaro diz: "Aqui na nossa página vocês podem ver alguns vídeos mostrando como o bandido está se comportando à luz do dia. Isso serve para aquelas pessoas que defendem a desmilitarização das polícias militares, para que saibam como ficaria a situação da insegurança em nosso Brasil, caso isso aconteça".

Desarmamento

Em outro trecho da polêmica transmissão ao vivo, o deputado carioca afirma que a população do Espírito Santo está se sentindo insegura, até mesmo dentro de suas casas. Ele atribui essa sensação de insegurança à campanha pelo desarmamento, iniciada com um referendo em 2005. Na época, a maioria da população brasileira (64%) votou contra a proibição da comercialização de armas de fogo no país. Logo após a consulta popular, o governo federal pediu que aqueles que possuíam algum tipo de armamento, o entregassem de forma voluntária.

O parlamentar do PSC ataca os partidos que, segundo ele, são responsáveis pela campanha contra as armas. "O PSDB, PT, PSOL, PCdoB e, até algumas pessoas do meu partido, resolveram, lá atrás [sic], desarmar o cidadão de bem. Então, hoje, você não tem segurança nem dentro da sua casa", comenta Jair Bolsonaro.

O controverso deputado termina o vídeo fazendo uma apelo ao vice-governador do Espírito Santo, César Conalgo, para que abra imediatamente as negociações com a Polícia Militar e, com isso, encerre a greve. "É bom que isso seja resolvido rapidamente, porque não queremos que ocorra o mesmo em outros estados", diz o militar carioca da reserva.

Assista, abaixo, a um vídeo com as polêmicas declarações de Bolsonaro:

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