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Estado de Minas SAÚDE

Cuidado com a Síndrome Metabólica, que vai além da obesidade

Especialista esclarece que é importante realizar exames para verificar a quantidade de gordura subcutânea em pessoas obesas ou com sobrepeso


postado em 07/03/2017 09:45 / atualizado em 17/04/2017 12:23

A circunferência abdominal acima do normal para homens e mulheres pode indicar excesso de gordura subcutânea, que é um fator de risco para a Síndrome Metabólica(foto: Pixabay)
A circunferência abdominal acima do normal para homens e mulheres pode indicar excesso de gordura subcutânea, que é um fator de risco para a Síndrome Metabólica (foto: Pixabay)
A obesidade é um dos principais problemas de saúde pública no mundo todo, como alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estimativas do órgão vinculado à ONU é que 2,3 bilhões de adultos terão sobrepeso e 700 milhões estarão obesos em 2025. Nessa época, também existirão mais de 75 milhões de crianças acima do peso ou obesas. No Brasil, dados do Ministério da Saúde revelam que praticamente metade da população está acima do peso ideal. Mas, poucos sabem que além da obesidade, a Síndrome Metabólica é um problema que merece atenção. Trata-se de um conjunto de doenças que atinge uma em cada cinco pessoas e multiplica os riscos do infarto.

De acordo com o médico Leonardo Piber, do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo, indivíduos com a Síndrome Metabólica têm duas a três vezes mais chances de adquirir uma doença cardiovascular. "Por conta disso, temos recorrido a técnicas mais sofisticadas para determinar não apenas a gordura corporal, mas principalmente a visceral. Afinal, temos encontrado elevada prevalência da síndrome em pessoas que não são obesas, e a gordura visceral parece ser o elo entre o tecido adiposo e a resistência à insulina, que é uma característica do problema", afirma o especialista.

A Síndrome Metabólica compreende as seguintes doenças: obesidade central (circunferência abdominal acima de 88 cm na mulher e 102 cm no homem); hipertensão; e elevação nas taxas de glicemia, triglicerídeos e colesterol. O médico afirma que, mais que a medida da circunferência abdominal e a relação cintura-quadril,  somente os exames de imagem podem avaliar e quantificar a gordura visceral. "O padrão-ouro para determinar a gordura visceral em uma pessoa é a tomografia computadorizada, já que ela é capaz de diferenciar o que é gordura subcutânea e o que é visceral. Porém, nem todos têm acesso a esse tipo de exame. Em anos recentes, passamos a fazer uso da ultrassonografia para avaliar a gordura intra-abdominal, auxiliando no diagnóstico da Síndrome Metabólica", comenta Leonardo Piber.

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