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Estado de Minas SAÚDE

Febre amarela faz governo mudar regras para doação de sangue

Quem teve a doença e quem se vacinou precisa esperar um período de 'quarentena' para doar sangue


postado em 03/03/2017 09:24

Para evitar uma possível transmissão do vírus da febre amarela pela transfusão de sangue, Ministério da Saúde e Anvisa criam novas regras para os doadores(foto: Pixabay)
Para evitar uma possível transmissão do vírus da febre amarela pela transfusão de sangue, Ministério da Saúde e Anvisa criam novas regras para os doadores (foto: Pixabay)
Candidatos a doação de sangue que tiverem sido vacinados contra o vírus da febre amarela devem aguardar quatro semanas, a partir da data da vacinação, para poderem doar. Já aqueles que foram infectados pelo vírus serão considerados inaptos para doação por um período de seis meses. As recomendações foram divulgadas na quinta, dia 2 de março, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Saúde. A medida inclui a triagem de doadores de órgãos e tecidos e visa a prevenção da transmissão do vírus da febre amarela.

As novas regras foram emitidas considerando os recentes registros de casos de febre amarela silvestre em regiões do Brasil, alertando para a necessidade de se considerar o risco de transmissão dessa doença por meio de transfusão sanguínea ou transplante, isso porque há relatos de transmissão do vírus da febre amarela por transfusão após a vacinação de doadores de sangue.

Candidatos à doação de sangue que vivam em áreas silvestres, rurais ou de mata dos municípios com casos suspeitos ou confirmados de febre amarela e que não tenham sido vacinados deverão ser considerados inaptos. Doadores que viajaram para as áreas de risco e que também não tenham sido vacinados serão considerados inaptos por 30 dias após o retorno da área de risco.

A recomendação também informa que os doadores devem ser instruídos para que comuniquem o serviço de hemoterapia caso apresentem qualquer sinal ou sintoma de processo infeccioso até 14 dias após a doação.

De acordo com Ministério da Saúde, o principal fator de risco é a exposição de indivíduos não vacinados a áreas silvestres, rurais ou de mata dos municípios identificados. "Até o momento, não existem informações seguras disponíveis sobre o tempo de inaptidão à doação de sangue após a recuperação completa quando o indivíduo tiver sido infectado pelo vírus da febre amarela", diz a recomendação conjunta com a Anvisa. A lista completa de municípios com casos suspeitos de contágio pela febre amarela pode ser acessada no site do ministério.

(com Agência Brasil)

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