Um estudo publicado recentemente na revista científica Internacional Nature Medicine por um grupo de pesquisadores do Hospital das Clínicas da USP mostra que a estimulação magnética é eficaz no tratamento da depressão.
O artigo científico traz o resultado de uma pesquisa clínica controlada, fruto de um trabalho de três anos do Grupo de Estudos de Doenças Afetivas e do Serviço Interdisciplinar de Neuromodulação, ambos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, de São Paulo.
Segundo o estudo, o uso de um equipamento de estimulação magnética profunda, chamado de deep TMS, em pacientes com transtorno bipolar em fase depressiva, resistentes ao tratamento com remédios, levou a maiores taxas de melhora no quadro do que no grupo de pacientes que não receberam o estímulo.
Para o psiquiatra Diego Tavares, pesquisador responsável pelo estudo, a técnica já havia sido utilizada em pacientes deprimidos, mas, nunca, em pacientes com depressão ligada à doença bipolar. "Este é o primeiro estudo no mundo que mostra novos horizontes no tratamento da depressão do transtorno bipolar. A doença acomete grande parte da população e se caracteriza por depressões graves e de difícil tratamento, mesmo com os remédios que temos disponíveis hoje", comenta o médico.
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SAÚDE
Magnetismo pode ajudar a tratar a depressão
Estudo da USP mostra a eficácia do uso da estimulação magnética profunda em casos de depressão do transtorno bipolar
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