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Estado de Minas BEM-ESTAR

Unicef faz campanha para valorizar o parto natural

Quem Espera, Espera quer mostrar a importância do bebê nascer de forma espontânea


postado em 19/04/2017 13:42 / atualizado em 19/04/2017 14:41

Unicef alerta que os partos antecipados, entre a 37ª e a 38ª semanas de gestação, comuns nas cesarianas, não são bons para o bebê nem para a mãe(foto: Pixabay)
Unicef alerta que os partos antecipados, entre a 37ª e a 38ª semanas de gestação, comuns nas cesarianas, não são bons para o bebê nem para a mãe (foto: Pixabay)
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) iniciou uma campanha nesta quarta, dia 19 de abril, sobre a importância do trabalho de parto espontâneo para a saúde da mãe e do bebê. Intitulada Quem Espera, Espera, o projeto do Unicef quer sensibilizar as mulheres e suas famílias sobre o direito das crianças de nascer na hora certa e alerta que bebês nascidos antes do trabalho de parto espontâneo estão mais sujeitos a problemas de saúde.

De acordo com a análise divulgada pela organização vinculada à ONU, cada semana a mais de gestação aumenta as chances de o bebê nascer saudável, mesmo quando não há mais risco de prematuridade. As últimas semanas de gestação permitem mais ganho de peso e maturidade cerebral e pulmonar.

O grande número de nascimentos entre a 37ª e a 38ª semanas de gestação está associado ao elevado número de cesarianas eletivas, sem fatores de risco que justifiquem a cirurgia, realizadas antes do trabalho de parto espontâneo. Metade dos partos realizados no setor privado ocorrem nessa idade gestacional.

"O trabalho de parto espontâneo é a única maneira 100% segura de saber que o bebê está pronto para nascer. Esse processo traz uma série de benefícios para a mãe e para a criança. Privá-los do trabalho de parto, por meio de cesarianas eletivas, pode gerar consequências negativas para a saúde de ambos", diz, por meio de nota à imprensa, Gary Stahl, representante do Unicef no Brasil.

O elevado número de cesarianas coloca o Brasil em 2º lugar no mundo em percentual deste tipo de parto. Segundo o Unicef, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece em até 15% a proporção de partos por cesariana, no Brasi, o percentual chega a 57%. As cesarianas representam 40% dos nascimentos realizados na rede pública de saúde e 84% dos partos na rede particular.

Entre os estados com maior proporção de cesarianas estão: Goiás (67%), Espírito Santo (67%), Rondônia (66%), Paraná (63%) e Rio Grande do Sul (63%).

Parto natural

A análise do Unicef aponta os benefícios do trabalho de parto espontâneo para a mulher e o bebê. No momento do nascimento, são liberadas substâncias que ajudam no amadurecimento final do organismo da criança, como o hormônio corticoide, que age no pulmão. Para a mulher, o trabalho de parto ajuda também a liberar hormônios importantes, que vão prepará-la para a amamentação.

Para as Nações Unidas, o direito ao trabalho de parto espontâneo é um dos desafios atuais do Brasil. "Os direitos de cada criança começam, e devem ser garantidos, antes mesmo do nascimento. Para tanto, é fundamental que as mulheres tenham acesso ao pré-natal de qualidade e recebam todas as orientações para que seus filhos possam nascer no momento certo, de forma humanizada", informa o Unicef.

A iniciativa faz parte da campanha global do Unicef que usa a hashtag #EarlyMomentsMatter, que tem foco na primeira infância.

(com Agência Brasil)

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