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Estado de Minas POLÍTICA

Para Michel Temer, gravação feita pela JBS não o incrimina

O presidente ouviu os 40 minutos do áudio e se diz tranquilo acerca do conteúdo


postado em 19/05/2017 08:59

Para o presidente Michel Temer, o áudio de sua conversa com o empresário Joesley Batista, do grupo JBS, não tem nada que possa inriminá-lo(foto: Antonio Cruz/Agência Brasil/Divulgação)
Para o presidente Michel Temer, o áudio de sua conversa com o empresário Joesley Batista, do grupo JBS, não tem nada que possa inriminá-lo (foto: Antonio Cruz/Agência Brasil/Divulgação)
O presidente Michel Temer ouviu na noite de quinta, dia 18 de maio, na companhia de assessores, o áudio gravado pelo empresário Joesley Batista, do gupo JBS, que o implicaria na suposta compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do doleiro Lúcio Funaro, investigados na operação Lava Jato da Polícia Federal (PF). O áudio da conversa entre Temer e Joesley foi divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) depois que o ministro Edson Fachin retirou parcialmente o sigilo da delação premiada do empresário. Após ouvir o áudio, o entendimento do presidente e de sua equipe é de que o conteúdo da conversa não incrimina o peemedebista, confirmando a nota divulgada pelo Palácio do Planalto na noite de quarta (17) e o pronunciamento feito da tarde de quinta (18).

O áudio tem cerca de 40 minutos. Na conversa, Michel Temer e Joesley Batista conversam sobre o cenário político, os avanços na economia e também citam a situação de Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba, na sede da PF. O entendimento do governo é que a frase dita por Temer "tem que manter isso, viu?" diz respeito à manutenção do bom relacionamento entre Cunha e Batista, e não a um suposto pagamento de mesada pelo silêncio do ex-deputado. Além disso, Temer minimiza a sua fala no trecho no qual Batista diz que está "segurando dois juízes" que cuidam de casos em que o empresário é processado.

"O presidente Michel Temer não acreditou na veracidade das declarações. O empresário estava sendo objeto de inquérito e por isso parecia contar vantagem. O presidente não poderia crer que um juiz e um membro do Ministério Público estivessem sendo cooptados", informa a assessoria do Palácio do Planalto, em nota enviada à imprensa. A expectativa do governo é que o STF investigue e arquive o inquérito.

Base aliada

Após o pronunciamento de quinta-feira, o presidente recebeu apoio de vários partidos, como o PP e o PRB, além de mensagens por telefone e ligações de aliados políticos. A avaliação é que a fala do presidente repercutiu bem entre os parlamentares da base. Contudo, não foi possível evitar baixas, como a saída do PPS do governo e a de Roberto Freire do Ministério da Cultura.

Um dos principais objetivos do governo, agora, é manter a sua base no Congresso Nacional, tranquilizar o mercado e esperar pela conclusão das investigações no STF com, na expectativa do Planalto, o arquivamento do processo.

(com Agência Brasil)

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